Crown fará nova fábrica de latas na região Norte

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A Crown Embalagens, uma joint venture entre a americana Crown Holdings e o grupo brasileiro Petropar S.A., anunciam hoje a instalação de sua quarta fábrica de latas de alumínio no país, voltada para bebidas - cervejas, refrigerantes, sucos e chás. O investimento previsto é de US$ 70 milhões e a unidade fabril será instalada na região Norte, com capacidade para fabricar 1 bilhão de embalagens por ano. O local escolhido, a ser divulgados nas próximas semanas, ficará no Estado do Amazonas ou do Pará, informou Rinaldo Lopes, presidente da subsidiária brasileira, ao Valor.

 

"O objetivo desse investimento é suportar o crescimento da demanda brasileira de latas, que deverá crescer entre 18% e 20% neste ano e continuar em expansão pelos próximos quatro a cinco anos a taxas de dois dígitos", informou o executivo. Neste ano, o Brasil está sendo forçado a importar cerca de 1 bilhão de latas para completar a oferta local, que deverá ficar na faixa de 18 bilhões de unidades. No início do ano, em pleno verão, a estação de maior consumo de bebidas, houve falta do material.

 

Atualmente, a Crown tem duas fábricas em operação no país - uma em Cabreúva, interior de São Paulo, e outra em Estância, Sergipe, com capacidade total de 3,5 bilhões de latas -- e uma terceira em construção em Ponta Grossa, Paraná, inicialmente desenhada para fazer 1 bilhão de unidades por ano, que ficará pronta no começo de 2011. Em março de 2010, a empresa decidiu duplicar a capacidade dessa fábrica, bem como de Estância, que entrou em operação em março de 2009 - cada uma ficará apta a fabricar 2 bilhões de embalagens ao ano. O investimento adicional nos dois projetos, em curso, é de US$ 90 milhões.

 

Com Ponta Grossa e as expansões em andamento, a capacidade total de fabricação de embalagens da empresa chegará a 6,5 bilhões de latas em meados do próximo ano. A unidade fabril do Norte, que atenderá especificamente o crescimento da demanda local, tem previsão de ficar pronta até o fim de 2011, elevando a oferta da empresa para 7,5 bilhões de unidades ao ano. "Queremos começar atendendo a demanda da região já no verão de 2012", afirmou o executivo.

 

As expansões e a nova fábrica no Norte vão obrigar a empresa a investir mais na fábrica de tampas metálicas, localizada em Manaus (AM). No momento, já aplica US$ 8 milhões para ampliar sua capacidade a 6,5 bilhões de tampas. "Em 2012, vamos aplicar mais US$ 15 milhões, com construção de novo prédio e expansão da linha de produção", informou.

 

"Nos últimos três anos, a Crown Embalagens decidiu investimentos de US$ 300 milhões no país", comentou Lopes. Com isso, vai triplicar sua capacidade de produção, iniciada em 1996 com a fábrica de Cabreúva. "Vemos no mercado brasileiro muito espaço para expansão do negócio de latas: teremos a Copa do Mundo, a Olimpíada de 2016 e investimentos em infraestrutura no país". Segundo Lopes, o número de pessoas que passou para a classe C, com forte poder de consumo, é de 30 milhões, em decorrência da melhor distribuição de renda da população. "Essa categoria já responde por 52% da estrutura de consumo no país e há previsão de ir 62%".

 

Lopes destaca que o objetivo da Crown é atender a demanda de latas no país da clientela formada por AmBev, Coca-Cola, Schincariol, Femsa, Cerpa e outras fabricantes de cervejas, refrigerantes e sucos, por meio de instalações locais. "Não gostamos de importar, porque isso encarece os custos dos clientes".

 

O grupo Crown Holdings, com faturamento de US$ 8,3 bilhões em 2009, operação no Brasil desde de 1942. Entrou no mercado de embalagens para bebidas a partir de 1995 ao firmar o que considera bem-sucedida joint venture com a Petropar, iniciando a produção de latinhas no ano seguinte. É um dos maiores fabricantes de latas metálicas para bebidas, alimentos e aerosol do mundo. Possui mais de 130 unidade em 41 paises.

 

A Petropar é uma "holding company" de capital aberto que atua nas Américas, por meio de suas controladas, na industrialização e comercialização de latas de alumínio para bebidas (Crown Embalagens), de não-tecidos de polipropileno (Fitesa Fiberweb), de tampas plásticas (Crown Tampas) e de reflorestamento (Petropar Agroflorestal). Tem 10 unidades industriais no Brasil, México e Estados Unidos, com receita líquida combinada de R$ 856 milhões em 2009.

 

A Crown Embalagens tem em torno de 20% do mercado brasileiro de latas de alumínio e compete direto com a inglesa Rexam e com a também americana Ball, por meio da LatapackBall. No ano passado, a companhia faturou US$ 250 milhões e a previsão para 2010 é de US$ 400 milhões.

 

Veículo: Valor Econômico


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