Área alimentícia dobrará em venda direta ano que vem

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A empresa de alimentos Batavo, (da BRF Brasil Foods S.A.) acelera a atuação no ramo de vendas diretas, ampliando sua presença nas periferias da região metropolitana de São Paulo. A empresa segue os passos de concorrentes como Nestlé e Yakult, além da empresa de bebidas Coca-cola. Elas miram o setor de vendas diretas, que no primeiro semestre deste ano faturou R$ 11,8 bilhões, e em 2011 deve dobrar este valor.

 

Segundo a gerente de Projetos da Gouvêa de Souza (GS&MD) Alice Uchoa, este é um setor em destaque no próximo ano e deve aumentar em 100% as vendas. "Com o aumento do Programa Bolsa Família, do governo federal, juntamente com os investimentos em marketing que as empresas estão fazendo, o ramo se torna uma alternativa para as indústrias que não querem depender a do varejo e ter um lucro maior", explicou Alice.

 

Para a Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (Abevd), o primeiro semestre desse mercado já demonstrou que essas empresas não estão para brincadeira. Prova disso é que as vendas diretas seguem em constante crescimento no País, a uma taxa de expansão de 21,2% sobre o mesmo período de 2009, quando o setor fechou em R$ 9,7 bilhões o volume de negócios - considerada a melhor performance em um 1º semestre desde 2004.

 

Diversificação

 

O setor de venda porta a porta é composto por empresas de segmentos diversos, sendo 88% da categoria de cuidados pessoais, 6%, de suplementos nutricionais, 5%, de cuidados do lar, e 1%, de serviços e outros. O contingente de revendedores ativos desse mercado também cresceu em comparação com o ano passado.

 

O primeiro semestre de 2010 registrou cerca de 2,631 milhões de revendedores fazendo vendas pelo canal, um aumento de 16,7%. Para o presidente da Abevd, Paulo Quaglia, o desempenho é a confirmação das virtudes do setor. "Os números superaram nossas expectativas e isso já começa a se refletir no faturamento", analisou o presidente.

 

Em entrevista recente ao DCI, o gerente regional de Vendas da Batavo, César Alves Teixeira, afirmou que a marca trabalha com empresas responsáveis pela distribuição dos produtos, que são vendidos em kits previamente estabelecidos pela companhia. "A empresa interessada em vender os produtos porta a porta contata a área comercial para fazer o cadastro, e, depois ela está apta a utilizar este canal."

 

A reportagem apurou que o projeto da empresa, pertencente à Brasil Foods, é o de angariar vendedores nas periferias da Grande São Paulo por meio de jornais de empregos. Com isso, a companhia consegue selecionar o público-alvo correto para compra e venda. Para atrair vendedores, a Batavo promete ganho de R$ 1 mil por mês, vendendo apenas 4 kits de produtos ao dia em seis dias da semana. Cada item do kit custa a partir de R$ 0,50, e para que o interessado (a) possa participar do negócio ele precisa se inscrever no site, não ter pendências jurídicas e comprar um dos 100 kits que a empresa possui.

 

Além disso, a Batavo oferece a possibilidade de a pessoa física abrir uma franquia Batavo, ou, caso a vendedora já tenha um negócio próprio, de alocar uma geladeira com os produtos.

 

Linha de produtos

 

De acordo com informações apuradas com a Brasil Foods, atualmente a linha de processados lácteos representa 12% do mercado brasileiro, que hoje gira em torno de R$ 4,1 bilhões. E quem não deve ficar para trás é a gigante Nestlé, na qual o segmento representa R$ 1,3 bilhão e que deve fechar 2010 com um faturamento R$ 15,5 bilhões.

 

Ainda segundo informações da empresa, a Região Sudeste, por ser a que deu início ao porta a porta, é a que conta com mais revendedoras e microdistribuidores. Atualmente, o sistema de vendas porta a porta da empresa brasileira já possui mais de 7,7 mil revendedores e 235 microdistribuidores no Brasil todo. Com este modelo, 3,2 milhões de lares são visitados por ano.

 

O sistema conta com uma série de kits que incluem diferentes linhas de produtos, tanto da linha seca como iogurte, leite fermentado e sobremesa. O presidente da Nestlé Brasil, Ivan Zurita, afirmou, em evento, que os resultados positivos da empresa se devem à fomentação da classe C e D.

 

Veículo: DCI


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