Há cerca de um mês, a equipe da Sunny Brinquedos viu em uma feira nos Estados Unidos pulseiras de silicone que chamaram a atenção, as bandz. Os tais acessórios podem ter dezenas de cores e de formato - de coração a personagem de desenho animado -, mas no pulso vira uma pulseira comum. Já é uma moda entre crianças de muitas escolas americanas, que colecionam e vestem quantas o pulso aguentar. Lá fora, as peças também caíram no gosto de celebridades como Sarah Jessica Parker. Como toda febre que arrebata crianças e adolescentes tem seu prazo de validade, a Sunny - que tem exclusividade na distribuição do Playmobil no Brasil - resolveu agir rápido: em menos de um mês já solicitou que seu escritório na China fosse atrás de um fornecedor para fazer sua versão e colocar a marca Sunny .
E a primeira remessa, de 6 milhões de peças, chega ao Brasil em três mil pontos de venda. São pacotes (por R$ 4,90 cada) com 12 pulseiras cada, com seis temas de cores básicas e outros seis de tons neon. "Esperamos vender bem nas férias escolares e no Carnaval e esgotar o estoque até março", diz Sharon Czitrom, diretora da Sunny Brinquedos. A empresa apostam em outro comportamento relacionado ao brinquedo: além de serem colecionáveis, as crianças trocam entre si, disputando para ver quem tem mais. "Já planejamos encomendar mais cores e formatos, além de pulseiras com cheiros." Nos Estados Unidos fazem sucessos as versões com licenciamentos.
A Silly Bandz, uma das empresas que teve mais sucesso na investida das pulseiras, desenvolveu produtos do Bob Esponja, da Barbie, do fenômeno teen Justin Bieber, da Hello Kitty, dos personagens da Marvel e vários outros. "O mercado de licenciamentos tem muito potencial. Estamos pensando nisso, mas para um segundo momento." Por enquanto, a primeira leva de pulseiras terá divulgação nos pontos de venda - com displays e promoções em lojas de brinquedos e de acessórios e bancas de jornal - e também entre celebridades. "Queremos que personalidades como Ivete Sangalo, Claudia Leitte, Fiuk e a banda Restart entrem na moda para incentivar principalmente os tweens, com idade entre 7 e 12 anos." A meta da empresa é que as pulseiras sejam conhecidas como Sunny Bandz, para fixar a marca na cabeça do consumidor - já que assim como eles recorreram à China para a encomenda, outras empresas devem fazer o mesmo para abocanhar pulsos juvenis com "marcas genéricas". "Nosso diferencial está na qualidade, no produto feito de um silicone grosso que não estoura, nem causa alergia, no marketing e na ampla distribuição." Será fôlego suficiente até a quarta-feira de cinzas?
Veículo: Valor Econômico