Transporte de cargas visa corte de custos

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Cada segmento econômico tem a sua cota de obstáculos e desafios a vencer para atingir uma performance verdadeiramende sustentável. Com o transporte rodoviário de cargas, que corresponde a 5,6% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional não é diferente. Entretanto, as cerca de 40 mil empresas do ramo que atuam no Estado - entre micro, pequenas, médias e grandes - têm a seu favor a atuação dos cinco sindicatos da Federação das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais (Fetcemg), que representam o segmento no Estado.

 

Cada um deles - Sindicato das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais (Setcemg), Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Sul de Minas Gerais (Setsul), Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas do Norte de Minas Gerais (Sindinor) e o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Juiz de Fora (Setcjf), entre outros serviços, também divulgam e incentivam as organizações a adotarem a prática de sustentabilidade, que já se firmou no mercado global e configura-se como diferencial competitivo de grande relevância para as companhias nacionais.

 

O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais (Setcemg), Ulisses Martins Cruz, cuja base é constituída pela Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), região Central, Leste e Noroeste de Minas, com 147 associados, destacou que a sustentabilidade é um tema abordado em todas as suas aplicabilidades práticas. "A primeira questão é a sustentabilidade econômica e financeira. Sem lucro, uma empresa não sobrevive por muito tempo", pontuou. A necessidade de cuidar do meio ambiente também tem diversos enfoques.

 

O projeto Despoluir, resultado do Programa Ambiental da Confederação Nacional do Transporte (CNT), lançado em 2007 no Estado, tem a proposta de incentivar as empresas do setor a aferirem as bombas injetoras e os motores de suas frotas (transporte de carga e de pessoas). A medida reduz as emissões de CO2 na atmosfera, um dos gases responsáveis pelo aquecimento global. O foco central é a conscientização dos gestores, dos profissionais autônomos e demais trabalhadores e, ainda, os consumidores desses serviços.

 

Reeducação - Na mesma linha, o Setcemg também orienta as suas empresas associadas a administrarem recursos como água, energia elétrica e geração de resíduos. De um lado, destacou o dirigente, essas medidas têm impacto direto na redução dos custos dos negócios e, de outro, provocam a reeducação dos funcionários de todos os níveis hierárquicos.

 

A sustentabilidade do transporte de carga brasileiro não para por aí, já que tem reflexos diretos sobre a qualidade de vida e/conseqüentemente, a performance dos 120 mil caminhoneiros mineiros. "Embora tenhamos registrado, neste ano, 22% na redução de acidentes com vítimas, em comparação com 2009, Minas Gerais ainda é líder nacional em acidentes com morte", reconheceu.

 

Para reverter a situação - o que já começou a acontecer de fato -, o Setcemg, por meio da Federação das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais (Fetcemg) é um dos signatários do Pacto Rodoviário Mineiro que distribui "deveres de casa" para empresas e profissionais, da expedição do serviço, passando pelo carregamento dos caminhões até chegar ao transporte propriamente dito e desembarque.

 

Para Cruz, sustentabilidade é solução que "dá trabalho no início" mas que resulta em melhorias de processos e práticas aumentando a qualidade do serviço prestado na mesma freqüência em que reduz os impactos ambientais e o risco de acidentes. "O resultado dessa mudança de conduta é lento mas bastante positivo", afirmou.

 

A falta de informação ainda é um obstáculo, sobretudo para as microempresas do segmento, que são 20 mil apenas em Minas Gerais, de acordo com o dirigente. "Fazemos um trabalho constante de conscientização do nosso público e da sociedade", enfatizou. Geralmente, as microempresas possuem frotas de um a três caminhões que, nem por isso, podem se excluir do compromisso com a sustentabilidade dos negócios.

 


Veículo: Diário do Comércio - MG


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