Para muitas varejistas o crescimento percentual das vendas em dezembro pode superar a casa de dois dígitos em relação a 2009. O bom cenário econômico alavancado pelo crescimento do poder aquisitivo das classes C e D tem gerado expectativas para os varejistas, que estão preparando seus estoques para suportar as demandas dos consumidores.
O aumento do fluxo de clientes dentro das lojas potencializa o risco de assaltos, furtos e ações de danos morais em razão de constrangimento ilegal decorrente de falhas nos procedimentos de abordagem que, muitas vezes, são causadas por funcionários recém-contratados e pouco preparados para agir preventivamente e no contato com clientes.
Cabe ainda ressaltar que a indústria do crime está a cada dia mais profissional quanto aos meios empregados para a ação delituosa, utilizando-se da fraqueza do varejista para consumação dos atos criminosos. O que deve ser feito para minimizar o impacto dessas perdas?
Primeiro as empresas necessitam aumentar o seu efetivo de segurança nas lojas, que já é uma prática comum desde o pequeno até o grande varejista. O critério de seleção deve ser muito bem conduzido para a escolha dos profissionais com o perfil adequado para cada segmento. Caso o quadro de seguranças seja terceirizado, deve-se exigir das empresas prestadoras que sejam alocados profissionais com experiência comprovada em varejo.
Segundo, as empresas necessitam rever todo o seu parque instalado de tecnologia, como o Circuito Fechado de Televisão e antenas antifurto e identificar a necessidade de realizar alguma manutenção, substituição e/ou complementação do parque instalado. Estudos realizados com varejistas apontam que investimentos em tecnologias podem reduzir em até 40% o volume das perdas prováveis.
Terceiro, o plano de prevenção de perdas deve integrar os processos e as pessoas com os recursos tecnológicos disponíveis. A tecnologia, quando bem utilizada, além de ser uma ferramenta importante para a prevenção, pode ser utilizada como repositório de informações para tomada de decisões futuras e/ou utilização como provas em processos judiciais, como é o caso da utilização de Circuito Fechado de Televisão.
Qual o melhor procedimento de segurança nas lojas para evitar furtos?
É fundamental que a empresa possua uma Política de Segurança que estabeleça os procedimentos preventivos para evitar o furto e também a contingência para conduzir as situações de crise geradas por uma abordagem indevida, um acionamento das antenas de alarme ou uma suspeita de furto.
Os furtantes se utilizam de vários locais para ocultar produtos, como dentro de sacolas, mochilas, casacos, guarda-chuvas, livros, bolsas etc, e geralmente praticam alguma atitude suspeita como olhar muito para os lados, experimentar produtos na área de vendas, abrir sacolas e bolsas de forma constante etc.
Sendo identificada atitude suspeita ou ocultação de produtos em seus pertences pessoais, estando o cliente na área de vendas da loja, recomenda-se à adoção da Abordagem Preventiva. Ela caracteriza pela técnica de aproximação do cliente com o objetivo de inibir o furto através de um simples cumprimento ou oferecimento de algum produto, serviço ou cesto para carregar suas compras. Geralmente, quem estiver mal intencionando, rapidamente desiste da prática do ato ilícito.
Porém, um ponto de atenção merece destaque. Enquanto o cliente estiver dentro da loja, mesmo que o produto esteja dentro de seus pertences pessoais, jamais o funcionário da loja deverá obrigar o pagamento e/ou acusá-lo de furto. Nesse caso, o possível furtante deve ser acompanhado pelo sistema de CFTV e pelos seguranças até que ultrapasse a porta de saída, para que a abordagem reativa possa ser feita. E para que não ocorra crise na porta da loja, recomenda-se afastar o furtante dos demais clientes, encaminhando-o para um local reservado e chame a autoridade policial.
Lembre-se de que o objetivo é vender com qualidade. Assim, temos que buscar a maior receita com a menor perda possível.
Veículo: DCI