A Nestlé completa 90 anos de Brasil e investe em novos modelos de negócios para atender às demandas das emergentes classes C e D. Confira na entrevista com Ivan Zurita, presidente da Nestlé Brasil.
Líderes – Como a Nestlé analisa o bom momento vivido pela economia do País?
Ivan Zurita – O Brasil é um país de oportunidades para aqueles que têm mentes empreendedoras. Estamos vivendo o redescobrimento do Brasil, com evolução ascendente das classes baixas, o que aumenta o universo de consumidores. Um movimento palpável, criando um mercado interessante que sustenta qualquer negócio.
Líderes – Como aproveitar o momento?
IZ – A Nestlé Brasil é a segunda do mundo, atrás dos Estados Unidos, em volume e faturamento. Em performance, somos um dos melhores do planeta. Minha preocupação é garantir que uma grande empresa como a Nestlé não se torne lenta e velha. Por isso, criamos novos modelos de distribuição, que atendem a essa nova demanda. Há quatro anos, implementamos a venda porta a porta na periferia das grandes cidades. Hoje operamos com mais de dez mil colaboradores. Também criamos um supermercado flutuante em Belém para atenderá 18 cidades que cobrem mais de 1 milhão de habitantes, que não tinham acesso a esses produtos. Hoje, o barco é um sucesso.
Líderes – A Nestlé está satisfeita com os resultados que tem obtido?
IZ – Estamos contentes, mas não satisfeitos. Acredito que o Brasil tem potencial para muito mais. Temos muito a mostrar. Vivemos em um país condenado a ter sucesso. Em 2001, fatura-mos 4,6 bilhões e vamos fechar 2010 com R$ 16 bilhões. Nossa meta é duplicar a companhia nos próximos cinco anos.
Veículo: Revista Isto É Dinheiro