O laboratório dinamarquês Leo Pharma, fabricante de dermocosméticos, decidiu entrar no mercado brasileiro. A empresa finaliza neste mês o contrato de distribuição de produtos com a Roche no Brasil e se prepara para começar a atuar no país por meio da importação e da distribuição de sua linha a partir de 2011.
A Leo Pharma concorre no mundo com empresas como os laboratórios Stiefel e a Johnson & Johnson. Com previsão de receita bruta no mundo de cerca de €1 bilhão neste ano e 3,2 mil empregados em 50 países, a companhia cresce a uma média anual de 5% desde 2005, segundo os últimos balanços financeiros, e uma entrada mais forte no Brasil pode acelerar esse ritmo de crescimento, na avaliação da empresa.
Ainda há outro fator que pesou na decisão da matriz. Foi dado o aval para o projeto no Brasil depois que a empresa decidiu consolidar a aquisição de uma companhia nos EUA, a Peplin, comprada em 2009.
"A ideia foi focar em um projeto principal de cada vez. O novo negócio nos Estados Unidos já está dando resultados e agora, acreditamos que é a vez do Brasil", diz Heloisa Simão, diretora geral da Leopharma no Brasil desde novembro do ano passado.
De acordo com a executiva, a multinacional planeja atingir um faturamento anual de US$ 20 milhões a US$ 30 milhões em três anos de operação no Brasil. Não está descartada a abertura de uma fábrica no país. Existem cinco unidades fabris da Leo Pharma no mundo. "É algo que vamos tratar no futuro e seria uma fábrica para atender apenas o mercado brasileiro", disse Heloisa
Concorrente de grupos como Stiefel, Johnson & Johnson e Sanofi-Aventis, a Leo Pharma é uma das poucas companhias desse segmento de dermatologia que não possui divisão de consumo, com a venda de mercadorias sem prescrição médica. Esses segmentos têm crescido de forma acelerada, principalmente em mercados emergentes, o que tem ajudado a turbinar os ganhos das rivais. A atuação da Leo Pharma é focada em produtos para doenças de pele, como psoríase e eczemas.
Segundo Heloisa, o plano da empresa no Brasil é iniciar a venda com uma linha de quatro produtos em 2011 - o pedido de comercialização já foi feito à Anvisa, agência reguladora do setor. No ano seguinte serão mais quatro novos itens.
Veículo: Valor Econômico