Recuo reflete forte concorrência entre os varejistas e recuo do dólar em relação ao real
Enquanto os preços dos alimentos disparam em reais, influenciados pelas alta das cotações dos produtos agrícolas no mercado internacional, os produtos eletroeletrônicos e as roupas femininas dão a sua contribuição para atenuar a inflação ao consumidor.
Na terceira quadrissemana de novembro, os preços dos equipamentos do domicílio ficaram 0,38% mais baratos, aponta pesquisa para apurar o Índice de Preços ao Consumidor da Fipe.
Os preços do aparelhos de imagem, por exemplo, recuaram 2,43% no período; os televisores tiveram queda de 3,27% ; os equipamento de som registraram retração de 2,71% e os equipamentos de informática, de 1,5%.
A deflação se repete nos preços das roupas femininas, cujos preços caíram 0,40% na terceira quadrissemana deste mês e registraram retração pela quinta quadrissemana consecutiva. Às vésperas do Natal e mesmo com a entrada da coleção de verão no mercado, o preço médio da blusa feminina caiu 1,96% e do vestido, 1,35%.
O coordenador do IPC da Fipe, Antonio Comune, atribui o recuo dos preços dos produtos manufaturados a vários fatores. No caso dos eletroeletrônicos, a queda reflete a forte concorrência entre as redes varejistas, o avanço da tecnologia que permite a fabricação de produtos cada vez mais avançados a preços menores e, finalmente, a queda da cotação do dólar em relação ao real.
Como os aparelhos eletrônicos são montados na Zona Franca de Manaus (AM) a partir de componentes importados, o dólar mais barato em relação ao real reduz os preço final dos equipamentos. Além disso, como as economias do mundo desenvolvido estão em marcha lenta e o consumo não está acelerado, sobram componentes eletrônicos no mercado internacional e os preços em dólar caem.
No caso das confecções, o fator preponderante para a redução dos preços em reais é a forte concorrência de produtos importados, especialmente vindos de países asiáticos.
Veículo: O Estado de S.Paulo