Droga Raia fecha operação no topo

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Numa operação de sucesso como há muito tempo não se via no mercado, a Droga Raiaconcluiu sua oferta inicial vendendo ações a R$ 24, no topo da faixa estimada. As informações de mercado são de que a demanda teria superado a oferta em até oito vezes e os estrangeiros concentraram mais de 70% da operação.

 

Conforme os dados registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a operação chegará a R$ 654,6 milhões.

 

A parte secundária soma R$ 129 milhões, com a venda de 5,37 milhões de ações quase o dobro dos 2,7 milhões apontados pela empresa no aviso de início. Entre os vendedores estão a família Pipponzi e fundos de Pragmae Gávea, que investiram na empresa em 2008. Compraram 15%, sem revelar valores. Existe a possibilidade de algum deles ter saído do negócio.

 

Na oferta primária, a maior parte dos recursos, 55%, deverá ir para a abertura de novas lojas e reforma das já existentes; 30% para capital de giro e financiamento do crescimento; e os 15% restantes para a redução do endividamento de longo prazo.

 

Neste ano, a maior parte das ofertas iniciais saiu abaixou no piso da faixa sugerida pela empresa. A última colocação que havia saído no topo da estimativa foi a da Visanet, que colocou ações na bolsa em 2009.

 

O setor de farmácias, ligado ao consumo interno, tem chamado a atenção dos investidores. Com o crescimento da renda e a perspectiva de envelhecimento da população brasileira, espera-se que o consumo de medicamentos no país cresça. Para analistas, no varejo, o setor farmacêutico ainda está atrasado em termos de profissionalização e consolidação e por isso os investidores estão atentos a oportunidades.

 

A Droga Raia estreia no Novo Mercado no próximo dia 20. A última estreia do ano na bolsa pode ser um sinalizador importante de um reaquecimento de operações em 2011 - cinco estão em análise na CVM.

 

A companhia foi fundada em 1905 e está entre as cinco maiores redes farmacêuticas do país. Com receita líquida acumulada nos primeiros nove meses do ano de R$ 1,3 bilhão, deve encerrar este ano com 350 lojas espalhadas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná.

 

Veículo: Valor Econômico


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