Venda de ventiladores dispara com onda de calor

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Em algumas lojas, é estimada uma expansão de 50% nos negócios.

 

O boom nas vendas de ventiladores e aparelhos de ar-condicionado já começou em Belo Horizonte, após a onda de calor que atingiu a capital mineira nas últimas semanas. Com os termômetros batendo na casa dos 33 graus, lucraram as revendas desses produtos e os prestadores de serviços - assistência técnica. Confirmam tal cenário algumas lojas consultadas pela reportagem do DIÁRIO DO COMÉRCIO que, inclusive, estimam expansão de até 50% na demanda para o verão deste ano em relação à mesma estação do exercício anterior.

 

A Ventiladores & Cia, instalada no bairro Jaraguá, região da Pampulha, em Belo Horizonte, prevê um acréscimo de, pelo menos, 50% nas vendas para o verão deste exercício na comparação com o mesmo período de 2009. "Os negócios estão aquecidos. Há demanda mais do que a normal, superando todas as expectativas projetadas para o momento. O nosso segmento depende desta época do ano para segurar ‘as pontas’ no inverno", explicou o gerente de vendas, Henrique Lamego.

 

Por questões estratégicas de mercado o faturamento e o volume de vendas da Ventiladores & Cia não foi revelado, no entanto, segundo Lamego, só na última semana o volume de negócios cresceu mais 400%. "A loja está, literalmente, lotada durante todos os dias da semana."

 

A Furacão Ventiladores, com três lojas em Belo Horizonte e unidade fabril no bairro São Cristóvão, região Noroeste da Capital, também segue na esteira de crescimento do mercado. Segundo o gerente da unidade centro, Carlos Alberto Pereira, neste ano a demanda superou a oferta, sendo que para alguns modelos já não há mais estoque. "As altas temperaturas, o que acarreta em boas vendas, gera tranqüilidade para as empresas do segmento fazer um planejamento melhor no próximo ano", observou.

 

Conforme ressaltou, de dezembro a março a previsão é de que haja um incremento de 50% nos negócios sobre igual intervalo de 2009. Segundo Pereira, até o momento a loja da Furacão Ventiladores do centro já comercializou mais de 600 peças e a expectativa é encerrar o ano com, no mínimo, 700 unidades. "Estamos aguardando a chegada de mais uma remessa de ventiladores de teto e mesa, carros-chefes da loja. A boa notícia é que teremos um primeiro trimestre de ouro no próximo de exercício."

 

Sazonalidade - Na avaliação do sócio e proprietário da Loja Elétrica, João Flávio Matos, presente no mercado há quase 65 anos e com sete lojas na capital mineira, com as altas temperaturas verificadas nos últimos dias em Belo Horizonte, a venda de ventiladores sobe até 10 vezes em relação a um mês comum, principalmente os modelos de teto.

 

"Hoje em dia, os consumidores estão optando por modelos de teto em função de uma série de fatores. A escolha pode implicar em baixos custos, economia de energia e sustentabilidade, uma vez que, no caso do ar-condicionado, o gasto de energia elétrica pode chegar a 1,5 mil watts, contra 70 watts de um modelo de ventilador de teto Hunter, por exemplo, do qual a Loja Elétrica é representante em todo o Brasil", comparou.

 

Para Matos, motores mais possantes permitem a utilização de pás maiores e com maior inclinação, para mover grandes quantidades de ar, e isto só é possível se eles tiverem sido projetados e construídos especificamente para ventiladores de teto. "Ventiladores de teto comuns, do tipo popular, possuem motores de uso geral, ou seja, que são utilizados por vários tipos de aparelhos e aí não movimentam bem todo o ar do ambiente, somente ventilam o que está abaixo de suas pás, além de consumirem o dobro da energia dos modelos projetados só para ventiladores de teto."

 

Sobre as vendas, o empresário informou que as sete unidades da Loja Elétrica espalhadas na capital mineira deverão encerrar dezembro com mais de 1,2 mil unidades comercializadas. "Já no período de ouro, que engloba os meses de março a dezembro, acreditamos em um acréscimo de, pelo menos, 30% no faturamento frente iguais meses de 2009", previu Matos.

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


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