Supermercados acirram guerra de preços

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A disputa pelo bolso do consumidor ficou mais acirrada entre as grandes redes de supermercado com a estratégia do Walmart de adotar novo modelo comercial importado da matriz norte-americana de reduzir em até 20% o preço de 2.000 itens por tempo indeterminado, terminando com as tradicionais promoções semanais.

 

Mesmo diante de promoções atrativas, o consumidor tem mais chance de economizar ao pesquisar preços nos estabelecimentos próximos de casa. É o que faz a comerciante Vera Lucia Fernandes de Souza, que aproveita as promoções para ir às compras com os tablóides de diversos supermercados para conseguir desconto no caixa.

 

Ontem, ela tinha dez panfletos de ofertas, com diversos produtos sinalizados para comparar os preços ou pedir valor menor no fim da compra. "Sempre faço isso. Não sei quantificar o quanto economizo, mas R$ 0,30 a menos por produto faz diferença para mim", salienta.

 

O presidente do conselho do Provar (Programa de Administração de Varejo), Claudio Felisoni de Angelo, comenta que a estratégia das empresas é capturar a atenção do consumidor para rentabilizar o negócio, visto que as margens de lucro nas seções de alimento, higiene e limpeza são baixas.

 

"As principais táticas são fixar os preços terminados em 0,99 centavos e leve três e pague dois para dar a sensação ao cliente de estar gastando menos. Redes como Extra, Carrefour e Walmart têm quase o mesmo preço."

 

Angelo destaca que 65% dos consumidores fidelizam os supermercados que frequentam, mas quando vão as compras gastam 20% a mais que o previsto devido à falta de planejamento.

 

Para o vice-presidente comercial do Walmart, José Rafael Vasquez, a nova estratégia preza manter os valores de determinados produtos por diversas semanas. "O processo de negociação com fornecedores não foi fácil, mas ganhamos um voto de confiança deles", afirma.

 

COMPARAÇÃO - A equipe do Diário percorreu ontem três lojas em Santo André para verificar a variação nos preços. O pacote de arroz tipo um com cinco quilos estava mais barato no Carrefour (R$ 7,29), enquanto no Extra custava R$ 7,90 e no Walmart, R$ 8,54. A variação entre o valor mais alto e o mais baixo foi de 14%.

 

Já o quilo do feijão tipo 1 no Extra foi encontrado por R$ 2,75, no Walmart por R$ 2,98 e no Carrefour, R$ 3,29. Enquanto meio quilo de café moído no Walmart era vendido a R$ 4,98, no Carrefour custava R$ 5,59 e no Extra, R$ 5,79.

 


Veículo: Diário do Grande ABC


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