Grifes ampliam mercado com 2ª marca

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Com preço mais acessível para a classe C e os mais jovens, indústria da moda busca novo consumidor e promove feiras

 

Empresários da indústria da moda apostam na criação de segundas marcas e nas vendas em feiras que reúnem lojistas de todo o país para impulsionar os negócios e ampliar a área de abrangência de suas produções.

 

A indústria têxtil e de confecção brasileira faturou US$ 52 bilhões em 2010.
Patrícia Vieira, irmã da ex-modelo e socialite Andrea Dellal, assina há 12 anos uma linha de roupas de couro voltada para um público AA. Nos dez primeiros anos, as roupas foram mostradas apenas para grupos seletos no circuito Rio, São Paulo, Londres, Nova York e Paris.

 

Há um ano e meio, a estilista resolveu expor no Senac Rio Fashion Business, bolsa de negócios da moda, que acontece duas vezes por ano e termina hoje.
"Agora, vendo para lojistas que têm clientes ricos em cidades que eu nem sabia que existiam", diz.
Ela criou a marca Pat Pat's, com preços menores que os da marca principal. A Patrícia Vieira tem preço médio de R$ 900 no atacado. A Pat Pat's, de R$ 135.

 

LENNY E MIELE

 

Mesmo sem oficialmente lançar segundas marcas, outras empresas investem na diversificação de produção para ampliar a clientela. A Lenny aposta numa coleção para o público mais jovem.

 

Com 26 anos, a estudante de moda Bel Niemeyer, filha de Lenny Niemeyer, dona da grife, desenhou peças para consumidoras de sua geração. "Oferecemos uma opção de peças para a filha da cliente que envelheceu com a marca", diz a gerente de marketing Luíza Pinho.

 

Carlos Miele, que assina uma grife de roupas finas com seu nome, agora empresta o nome da marca para coleção de jeans.
A produção, no entanto, não concorre com a segunda marca do estilista -a M. Officer-, já que o jeans Carlos Miele é mais caro e voltado para um público de maior poder aquisitivo.

 

O estilista Amir Slama, da Rosa Chá, também aposta nessa estratégia. Pela terceira vez, faz parceria com a rede C&A para oferecer produtos com a sua assinatura por um preço mais baixo. Desenhou peças como biquínis avulsos, camisetas, shorts e macaquinhos cujos preços variam de R$ 30 a aproximadamente R$ 130.
Já Botswana e Marie Zaide criaram segundas marcas. A primeira, depois de 16 anos no mercado produzindo roupas para mulheres, lança nesta edição da Fashion Business a Foller, para o público masculino.

 

A Marie Zaide, há dez anos no mercado, já trabalha com a Essencial, voltada para o público masculino, e desde 2006 lançou a Miss Zaide, para o público jovem.
Já a Cholet, marca cearense que veste mulheres maduras, criou a Cholet Club, voltada para o público jovem e lançada nesta semana na feira.

 


Veículo: Folha de S.Paulo


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