O consumidor está começando a sentir no bolso os reflexos das fortes intempéries que a região Sudeste está enfrentando nos últimos dias. Isso porque o preço de algumas frutas, legumes e verduras estão subindo devido às dificuldades na colheita, transporte e até mesmo plantação. Somente o preço da caixa de 25 quilos da laranja-pera vendida na Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) subiu 33% nos últimos dias, passando de R$ 30 para R$ 40.
Na Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), o engradado com 36 pés de alface crespa vem sofrendo oscilação desde dezembro, quando custava R$ 10,18. Em 3 de janeiro, era vendida por R$ 12,30 e na segunda-feira não era vendida por menos de R$ 12,40. O aumento no produto chega a 21,8% no período entre dezembro e janeiro.
Produtores têm relatado aos comerciantes que o cultivo de legumes como cenoura, batata e berraba foi paralisado, pois existe o risco das sementes apodrecerem devido à alta umidade do solo. Diante deste cenário, o engenheiro agrônomo da Craisa, Fábio Vezzá De Benedetto, acredita que nos próximos três meses a oferta desses itens será menor no mercado, e consequentemente, os preços vão aumentar.
"Produtos como melancia, alface, couve foram reajustados recentemente, tanto na Craisa quanto na Ceagesp", afirma Benedetto. Todos os alimentos perecíveis podem ser prejudicados com o clima atual, e normalmente no verão há encarecimento natural dos hortifrútis.
Para o diretor de comunicação da Apas (Associação Paulista de Supermercados), Orlando Morando, "as fortes chuvas ainda não impactaram no preço dos perecíveis nos estabelcimentos do Estado de São Paulo".
Veículo: Diário do Grande ABC