O chuveiro elétrico é uma das formas mais acessíveis e baratas de a população ter banho quente, garantindo saúde e asseio. Há valores de aparelhos para todos os bolsos. Em Curitiba, o preço dos chuveiros nas lojas varia de R$ 28,00 (para equipamentos mais simples) até R$ 250,00.
De um lado, quem usa o chuveiro elétrico economiza na compra de botijões de gás e economiza água, mas, de outro, aumenta o valor da conta de luz. Já o chuveiro movido a gás de cozinha, oferece um banho com mais vazão de água e maior temperatura nos dias frios.
Hoje, o aparelho movido a energia elétrica está presente em mais de 72% das residências brasileiras, segundo dados da Eletrobras/Procel. O Grupo de Chuveiros Elétricos (GCA) da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) defende que o chuveiro elétrico é o sistema de aquecimento que menos consome água.
Além disso, tem uma vazão que varia de 3 a 3,5 litros por minuto por minuto. O sistema a gás mais simples tem uma vazão de 7 litros por minuto. O elétrico aquece a água instantaneamente, ao abrir o registro a água sai quente na hora. Nos outros sistemas é necessário esperar de um a dois minutos para a água chegar quente e encontrar a temperatura ideal para tomar banho.
Ainda segundo o GCA, em relação ao consumo de energia, o chuveiro elétrico transforma mais de 95% da energia consumida em água quente. E só consome energia quando o registro é aberto.
O presidente do Sindicato dos Revendedores das Distribuidoras de Gás do Paraná (Sinregás-PR), José Luiz Rocha, tem opinião contrária. Ele disse que o uso do gás liquefeito de petróleo (GLP), mais conhecido como gás de cozinha, não é poluente. Para ele, a utilização deste combustível evita o excesso de consumo de energia e a construção de novas hidrelétricas.
''O País é auto-suficiente na produção de gás. Temos um produto que tem sobra e, por isso, não há necessidade de construir novas usinas hidrelétricas, agredindo o meio ambiente'', disse. Ele destacou ainda que o chuveiro a gás traz mais conforto ao consumidor.
Por outro lado, o engenheiro eletricista da Copel, Jorge Eduardo Schorr, defende que a utilização de energia elétrica para o chuveiro é melhor porque a emissão de gases do efeito estufa e gás carbônico é menor. Mas, lembrou que o chuveiro é o eletrodoméstico que mais consome energia em uma residência, ou seja, responde por 30% a 35% da conta de energia.
Ele recomenda que o consumidor sempre procure equipamentos elétricos com o selo Procel, porque garante baixo consumo de energia e melhor desempenho. Até agora, já contam com selo Procel televisores, máquinas de lavar roupa, geladeiras e lâmpadas fluorescentes compactas. O chuveiro deve ser o próximo a entrar na lista.
Veículo: Folha de Londrina - PR