Produto de tecnologia é o mais desejado

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Computadores, câmeras fotográficas digitais, TVs e DVDs estão na lista de 47% dos consumidores

 

Caso os desejos dos consumidores se confirmem, os produtos do segmento de tecnologia serão as vedetes deste Natal. Pesquisa da Fundação Instituto de Administração (FIA) em parceria com o Programa de Administração e Varejo (Provar) com 500 consumidores da capital revelou que 74% dos entrevistados pretendem ir às compras neste último trimestre do ano e destes, 47%irão em busca de produtos relacionados a tecnologia.

 

De acordo com a pesquisa, os artigos de informática - computadores de vários tipos, impressoras e itens correlatos - são a preferência de 13,2% dos consumidores. Outros 12,8% revelaram que pretendem comprar artigos de cine e foto, como filmadoras e máquinas fotográficas, e 11% têm intenção de adquirir eletroeletrônicos, como tevês e DVDs (veja quadro).

 

O levantamento, realizado entre os dias15 e 24 de setembro, mede a intenção de compra de produtos dos segmentos linha branca, eletroeletrônicos, telefonia e celulares, informática, automóveis e motos, cine e foto, material de construção, cama, mesa e banho, móveis e eletroportáteis.

 

Reflexos

 

A pesquisa mostrou, ainda, que os reflexos da crise de crédito que se abateu sobre os mercados do mundo todo, ainda não chegou à percepção dos consumidores brasileiros. Apenas 26% disseram que não pretendem comprar nada até o final do ano. De acordo com Cláudio Felisoni, coordenador do Provar/FIA, é o menor índice da série histórica da pesquisa, iniciada em 1999. No mesmo período do ano passado, o índice de consumidores que haviam declarado que não comprariam nada foi de 38,2%.

 

Felisoni explica que os reflexos da crise econômica demoram a ser percebidos pelos consumidores. “A economia brasileira está melhor preparada que em outros tempos e dezembro é época de pico de vendas por causa do Natal.

 

Só em janeiro

 

Na avaliação de Felisoni, os efeitos da crise devem ser sentidos pelos consumidores apenas a partir de janeiro, quando as condições de compra devem estar mais adversas em conseqüência da necessidade de ajustes à escassez de crédito.

 

Apesar do otimismo, Felisoni acredita que, até o final do ano, produtos que dependem de componentes importados, caso de computadores e eletroeletrônicos em geral, devem ter aumento de preços.

 

Nabil Sayoun, presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), afirma que até o final deste ano os shoppings devem contar com 3,4 mil novas lojas e para 2009 está prevista a abertura de aproximadamente 20 shoppings em todo o País, seis na grande São Paulo. “Se o dólar subir muito pode haver aumento de preços, mas nada que provoque grandes problemas ao setor”, afirmou.

 

Sayoun também acredita que as perspectivas de emprego para o setor em 2009 são as melhores e baseia sua opinião nos novos shoppings que serão abertos.

 

Um Natal de grandes novidades

 

Até o Natal, o mercado brasileiro de computadores pode sofrer uma invasão de lançamentos, voltados para todos os tipos de usuários. Ontem, a Apple anunciou nos Estados Unidos uma nova linha de MacBooks, os portáteis da empresa. Na semana passada, a HP colocou nas prateleiras novos desktops (máquinas de mesa), notebooks e uma máquina com tela sensível ao toque. Samsung também está na briga.

 

O lançamento dos produtos da Apple ocorreu na tarde de ontem na cidade de São Francisco, nos Estados Unidos. Segundo o engenheiro de sistemas da Apple no Brasil, Fabio Ribeiro, os novos computadores não têm preço fixado em real e nem data oficial para chegar ao mercado nacional, mas isso deve ocorrer em breve.

 

O engenheiro esclareceu que os novos MacBooks são, na verdade, adequações da linha anterior. “A Apple sempre revisa as máquinas para oferecer o melhor possível para os consumidores”, disse.

 

Nos Estados Unidos, o preço dos computadores caiu para US$ 999 (cerca de R$ 2 mil), em uma tentativa da empresa de ampliar o alcance dos seus equipamentos. As máquinas ganharam mais memória e placas de vídeo mais velozes (até cinco vezes mais rápidas que as anteriores). O modelo mais sofisticado, no entanto, passa a ter duas placas, para melhorar o desempenho do computador. “A Apple tem um tripé de equipamentos muitos bons: iPhone, iPod e o MacBook”, afirmou.

 

Embora a empresa de Steve Jobs ainda não tenha definido a data para a nova linha chegar ao Brasil, é provável que os computadores estejam nas lojas antes do Natal.

 

Principalmente porque a HP já saiu na frente e lançou sua nova linha na última semana, em uma estratégia bastante agressiva para ganhar mercado dos concorrentes. São oito desktops e mais 15 notebooks, inclusive com acesso à tecnologia 3G.

 

A grande inovação, no entanto, fica por conta do novo Touchsmart: um computador cujas funções são acionadas com o toque dos dedos na tela, em um sistema semelhante ao utilizado pelo iPhone, o celular recém-lançado no Brasil pela Apple.

 

Ontem, a Samsung também anunciou no exterior o lançamento de uma linha de notebooks ultraleves, para rivalizar com as novas máquinas de Steve Jobs. As máquinas podem chegar em breve.

 

Veículo: Jornal da Tarde


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