Com R$ 200 milhões em caixa, o presidente da Log-In, Mauro Dias, acredita que a atual crise financeira pode abrir caminho para boas aquisições no setor de logística. O executivo lembrou que a crise fez o preço dos ativos cair significativamente, por isso quem tem caixa neste momento pode aproveitar para aumentar sua participação no setor. Dias não esconde que a empresa já olha alguns ativos, especialmente os terminais intermodais e as áreas retroportuárias.
"Vai se abrir uma boa oportunidade, com a crise. Esse é um setor muito pulverizado, com muitas empresas familiares", explicou. Antes do caos no sistema financeiro, as empresas de logística viam na bolsa de valores a melhor opção para captar recursos e levar adiante seus planos de expansão. A própria Log-In, que reuniu ativos da área de logística da Vale, abriu capital em junho do ano passado. Na ocasião, cerca de 70% das ações ofertadas foram compradas por investidores estrangeiros. Agora, na crise mundial, a participação estrangeira caiu para 60%.
Também com a crise, o mercado de capitais fechou as portas e o empréstimo bancário secou e Dias acredita que será mais complicado para as pequenas empresas manter seus investimentos. Atualmente, o setor tem sete companhias logísticas listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e milhares operando com capital fechado. "Será preciso ter uma visão mais realista nesse momento. O IPO [oferta inicial de ações] foi antes, agora é a vez das aquisições ou fusões", disse.
Veículo: DCI