Apesar de ser um dos programas mais bem avaliados do governo, o Farmácia Popular, que teve ampliação anunciada ontem pela presidente Dilma Rousseff, pode ter ainda algumas amarras, de acordo com o varejo.
O programa, que começou em 2004 e que oferecia medicamentos com até 90% de desconto, ainda carece de investimentos em divulgação, segundo a Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias).
A presidente anunciou ontem que o programa crescerá e passará a oferecer gratuidade para medicamentos contra diabetes e hipertensão.
"É o mais bem avaliado do governo, mas se o consumidor não sabe dele, tem dificuldade em crescer. Muitas vezes é a rede que tem que divulgar", diz Sergio Mena Barreto, presidente da entidade.
As vendas do programa caíram de R$ 147,9 milhões em 2009 para R$ 139,2 milhões no ano passado, segundo a Abrafarma, que reúne redes como Drogasil, Pague Menos e Droga Raia. O levantamento da entidade não abrange todas as drogarias conveniadas no programa.
Em unidades vendidas, há queda de 14,1 milhões em 2009 para 12,8 milhões em 2010, segundo a Abrafarma.
O Ministério da Saúde diz que o governo auxilia os parceiros do programa fornecendo material publicitário para divulgação nas lojas.
Cerca de 85% dos entrevistados em pesquisa do IBGE em agosto dizem conhecê-lo e 86,4% o avaliam como positivo, segundo o ministério. Hoje são 15 mil estabelecimentos conveniados.
Veículo: Folha de S.Paulo