Cesta básica encarece R$ 43 em um ano

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O consumidor do Grande ABC gastou R$ 43 a mais para encher o carrinho do supermercado no mês passado em comparação ao mês de janeiro de 2010. Isso porque a alta da carne e dos produtos do hortifruti encareceram em quase 14% o custo final da cesta básica, que sai em média por R$ 357,97 em janeiro contra R$ 314,24 no mesmo período de 2010.

 

Apesar de ter recuado 4,63% neste mês, o preço da carne foi o principal culpado pela oscilação. O valor médio do quilo do coxão mole atualmente não sai por menos de R$ 16, enquanto no ano passado, no mesmo período, o valor médio do produto era de R$ 12,50, alta de quase 32% em exatos 12 meses.

 

"O pior é que a queda foi só relativa, porque já houve revisão de preços no fim do ano por conta do crescimento da demanda. A expectativa do mercado é de que o valor siga alto nos próximos meses", explica o engenheiro agrônomo da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), Fábio Vezzá De Benedetto.

 

Para Lúcio Flávio Dantas, assistente de coordenação do IPC-USCS (Índice de Preços ao Consumidor medido pela Universidade Municipal de São Caetano), no entanto, a alta da carne obrigou consumidor a rever o consumo do produto, o que pode ocasionar a queda do valor em breve.

 

"Os produtores ficam ligados exatamente nisto e, no fim do ano, as confraternizações, as festas de fim de ano, foram a cereja do bolo para um consumo que já estava acelerado. No entanto, o mercado se preparou para vender mais do que no ano anterior e isso não aconteceu como era esperado, o que fez com que o preço já desacelerasse neste mês", avalia.

 

As chuvas constantes também prejudicaram o consumidor no mês passado. Os produtos do hortifruti tiveram altas de até 18% no período.

 

"Tomate e alface foram os mais prejudicados, mas os itens da feira, em geral, sofrem muito nesta época do ano em todo o processo. Desde a plantação até entrega mesmo", diz Benedetto.

 

Com as chuvas se repetindo até março, o cenário também caminha para nova elevação dos preços, em breve. "O melhor agora é substituir o que puder ser substituído no carrinho para evitar encarecer o custo final da cesta", orienta o engenheiro.

 

QUEDAS

 

Apesar do valor final da cesta superar, e muito, o custo do mesmo período de 2010, os itens que no ano passado encareceram o orçamento são os mesmos que neste ano trouxeram alívio ao consumidor. Feijão, arroz e leite estão mais baratos neste mês quando comparado a dezembro e devem seguir em queda.

 

O feijão, que foi o vilão do bolso no segundo semestre do ano passado, já está 18% mais barato e custa, em média, R$ 2,39. "Em alguns locais ele já sai por R$ 1,90, mas isso também pode ser um problema, porque se o preço despencar demais, ninguém vai querer plantar o produto e enfrentaremos falta de safra e preços altos novamente", conclui Benedetto.

 


Veículo: Diário do Grande ABC

 

 


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