Classe C lidera consumo de cosméticos

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A nova classe média brasileira representa o maior percentual de consumidores de produtos de beleza. O aumento dos empregos formais e a ascensão da mulher no mercado de trabalho foram fatores que contribuíram para que homens e mulheres da classe C investissem mais na compra desses itens.

 

Para se ter ideia, a cada 100 brasileiros que gastam com creme corporal, 53 pertencem à classe C, segundo levantamento realizado pelo Data Popular.

 

Do total de pessoas que compraram creme dental em 2010, 56,38% são deste estrato social. As classes A e B e D e E respondem por 24,37% e 19,25%, respectivamente.

 

"Esses dados mostram que a classe C cresceu, junto com a melhoria da renda do trabalhador. Em 2003, 37,5% da população pertencia a essa fatia social. Hoje, a nova classe média já responde por 49,5% do total de brasileiros - crescimento de 12 pontos percentuais", conta o consultor da empresa de pesquisas, Márcio Falcão.

 

Segundo a entidade, é considerado pertencente à classe C aqueles com renda mensal entre três e cinco salários-mínimo (R$ 1.635 a R$ 2.725 - já que o valor do mínimo atual é de R$ 545).

 

O perfume foi outro item que ganhou destaque entre a classe C. No ano passado, mais da metade do consumo do item foi por consumidores de classe C, correspondente a 53,73% do total. Em 2003, esse público respondia por 39,8% da compra do item. "Cerca de 30% das mulheres da classe C são chefes de família. Enquanto que na classe A esse índice cai para 20%. Isso significa que essas mulheres passaram a consumir produtos que antes não tinham condições de comprar. O mercado de trabalho também faz essa exigência", conta Falcão.

 

Além desses produtos, cremes faciais, perfumes, esmaltes, maquiagem, sabonete, xampu, creme dental e desodorante são os itens onde mais da metade dos consumidores é da nova classe média

 

MERCADO - Frente a esse aumento no consumo, a Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos) teve faturamento (sem adição de impostos sobre vendas) de R$ 27,5 bilhões em 2010, valor 12,6% maior que em 2009,

 

No ano passado, o setor contabilizou 4,2 milhões de oportunidades de trabalho, mantendo crescimento médio de 9,3% ao ano.

 


Veículo: Diário do Grande ABC


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