Pão de Açúcar tem alta com troca de bandeira

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A troca de bandeiras virou um negócio excelente no setor supermercadista, tanto que o Grupo Pão de Açúcar (GPA) viu dispararem as vendas da bandeira Extra Supermercado nas primeiras lojas viradas para essa bandeira, que mudaram de nome de Compre Bem para Extra, as vendas cresceram mais de 30% em relação ao faturamento das mesmas unidades nas antigas bandeiras. Para as novas conversões, que começaram hoje (2), a rede investiu cerca de R$ 15,3 milhões na inauguração de 17 lojas em São Paulo.

 

Com essas aberturas, são 118 lojas da rede Extra Supermercado presentes nos estados de São Paulo, Pernambuco, do Rio de Janeiro e do Ceará. O plano prevê a finalização das conversões até o final de 2011, o que deve posicionar a rede de supermercados como a maior do País, com mais de 170 pontos de venda.

 

"Para 2011, nosso plano é justamente o de melhorar a simetria entre as bandeiras do grupo e o público alvo, por isso uma reformulação para adaptação dos hipermercados e a criação de novos em locais específicos para cada público é uma das forças este ano", previu o vice-presidente do GPA Hugo Bethlem.

 

De acordo com o executivo, o Extra Supermercado se caracteriza como uma loja de bairro completa com destaque para as seções de perecíveis e alimentos e se enquadra no perfil do novo consumidor brasileiro. "Temos um perfil de consumidor hoje, que prima pela praticidade. O cliente quer fazer as compras do mês, abastecer o carro, ir à drogaria no mesmo ambiente, e muitas das nossas unidades trazem todas essas opções", disse o executivo.

 

Uma pesquisa do Latin Panel indica, inclusive, que 52% dos lares brasileiros vão em três ou mais canais - padarias, autosserviço, 'atacarejo' (atacado e varejo), farmácia - todos os meses. "Por isso não descartamos novidades de vendas e ampliação das bandeiras em lugar nenhum do País.

 

Reestrutura

 

Para tentar melhorar o relacionamento entre indústria e varejo, o Carrefour deu início, no País, a um projeto experimental da GS1 para reogarnizar a comunicação entre fornecedores e redes varejistas.

 

A nova forma de trabalho, envolve padronização das informações passadas pelo fornecedor, num sistema único e de acesso diário pelos varejistas. "Escolhemos dar esse pontapé inicial porque há algum tempo notamos esse gargalo na comunicação com a indústria, que resulta em falta de produtos, alta de preços e queda de produtividade dentro das lojas do Carrefour", afirmou Paulo Crapino, diretor do grupo.

 

O sistema, que traz o nome de GDSN é padronizado mundialmente e já usado em outros países onde o Carrefour atua. "Muitas vezes, por falta de atualização dos produtos pelos fornecedores, os pedidos feitos pelo varejo se perdem, o que resulta em prejuízo para o grupo", disse Crapino, que mensurou que, antes do novo programa, 40% dos fornecedores passavam informações erradas sobre os produtos vendidos. Para o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda, a novidade é o primeiro passo para a execução de uma grande mudança no segmento de hipermercadistas, a compra via celular. "O segmento mobile cresce significativamente, e daqui a alguns anos, essa será uma novidade".

 

Acionistas

 

Enquanto no varejo brasileiro as redes disputam o metro quadrado de vendas e novas estratégias, a gigante francesa Carrefour disse que seu conselho de administração aprovou planos para dividir sua cadeia de lojas de desconto Dia e 25% da sua unidade imobiliária Carrefour Property, numa tentativa de tornar o grupo dinâmico e desbloquear capital para retorno aos acionistas ou investimento em negócios.

 

O Carrefour planeja "tornar o grupo mais focado sobre suas prioridades operacionais enquanto cria valor para nossos acionistas", afirmou o executivo-chefe da companhia, Lars Olofsson, num comunicado. As decisões continuam sujeitas à aprovação dos acionistas na reunião geral anual do Carrefour, prevista para o dia 21 de junho, e na reunião geral da Carrefour Property dois dias depois.

 

A divisão da rede Dia implica na transferência da unidade para uma companhia baseada na Espanha, seu mercado mais importante. Os acionistas do Carrefour receberão ações da companhia espanhola no número de ações que possuem da varejista francesa. A rede Dia é a terceira maior varejista de desconto do mundo e tem posição de liderança nos mercados emergentes. A empresa registrou receita anual entre 9 bilhões de euros e 10 bilhões de euros no ano passado, afirmou um fonte. Fora da Europa, a rede opera no Brasil, Argentina, Turquia e China.

 

Analistas disseram que teria sido arriscado para o Carrefour vender imóveis, onde estão localizadas suas lojas, visto que o pagamento do aluguéis poderia afetar adversamente seus negócios. Concorrentes locais, tais como a rede Casino Guichard Perrachon, possuem a maior parte dos imóveis onde estão as lojas.

 

Atacado

 

No ramo atacadista brasileiro, com o objetivo de assegurar o atendimento às normas da Receita Federal, o Makro Atacadista segue com o apoio do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) Fiscal e Contábil da Sonda Software, empresa do Grupo Sonda IT, uma das maiores companhias latino-americanas de Tecnologia da Informação. São 12 anos de parceria, explica o gerente de impostos do Makro, Nilson Tofoli. Presente no Brasil há 38 anos e com 75 lojas, o Makro oferece mais de 12 mil itens e segue disparado na área de atendimento a clientes profissionais.

 


Veículo: DCI


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