Masipack compra Fabrima e reforça posição no mercado

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A Masipack, fabricante de máquinas para o setor de embalagens flexíveis, acaba de anunciar a compra da concorrente Fabrima, até então pertencente ao grupo alemão Oyster. Com o negócio, a empresa passa a produzir equipamentos para os setores farmacêutico e de cosméticos, expandindo assim a sua atuação no mercado.

 

Com a aquisição, a Masipack espera aumentar 40% o seu faturamento em 2011. No ano passado, o lucro líquido da empresa foi de cerca de RS 12 milhões . "A compra faz parte da estratégia de ampliar nossa presença no mercado", afirmou o presidente da Masipack, Mauricio Sanchez, que antes de criar a própria companhia trabalhou para a Fabrima, que já está há quase 44 anos no mercado. "Agora, contamos com um portfólio que alcançará setores que antes não atendíamos." Em 2011, a Masipack deve investir R$ 30 milhões em modernização, reaparelhamento e automatização da unidade recém-adquirida.

 

Com a incorporação da Fabrima, a previsão de crescimento da capacidade de produção da Masipack deve se expandir em 48,7% ao longo deste ano. Em 2010, a quantidade de equipamentos produzidos chegou a 1.277 unidades.

 

Além de oferecer embaladoras horizontais e verticais, em grande maioria para o setor alimentício, o grupo passa a comercializar emblistadoras (usadas para a confecção de cartelas de remédios) e encartuchadoras (para embalagens de cartão). "Herdamos a carteira de clientes da Fabrima, mas ela será uma empresa distinta dentro do grupo", salientou o coordenador de Marketing da empresa, Alex Samsonas.

 

Atualmente, o mercado nacional de fabricantes de embalagens tem como principais fabricantes a Masipack, a Fabrima e a Bosch, de origem alemã. De acordo com Samsonas, o objetivo é adquirir mais uma linha de montagem ainda em 2012, porém na Europa. "Estamos atentos ao alto mercado de consumo de produtos finais do Velho Mundo."

 

Para o diretor-geral da Bosch Tecnologia de Embalagens, Paulo Botelho, a aquisição da concorrente é importante e consolida o mercado nacional de embalagens. "A compra amplia a área de atuação da concorrente em linhas que não atendia antes, mas estamos atentos às movimentações de mercado e isto só nos motiva a ser ainda mais competitivos." O empresário afirma que o perfil de clientes da Bosch é distinto do dos consumidores da Masipack e, portanto, o avanço da união das empresas ainda não preocupa tanto. "Nossa característica é trabalhar mais com multinacionais como a Nestlé e a Kraft Foods", complementou ele.

 

A estimativa de faturamento da Bosch para 2011 é de 15 % a mais que em 2010. Este ano, a multinacional alemã completa 125 anos de existência. No Brasil, a empresa fabrica máquinas para embalagens há 40 anos.

 

Em direção oposta ao mercado de máquinas e equipamentos no Brasil, cuja importação de 2010 foi de US$ 24.989 milhões, ante os US$ 18.789 milhões de 2009, segundo dados da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), as compras de produtos estrangeiros representam uma parcela inexpressiva na Masipack.

 

No que se refere a exportações, a companhia exportou 39% do que produziu em 2010, valor correspondente a R$ 25.513 milhões, e desenvolveu estratégias para se proteger internamente, apresentando vendas no valor de R$ 54.182 milhões em território nacional. "Apesar do alto preço do aço nacional, lançamos uma linha para competir com a China que é no máximo 10% mais cara do que as rivais orientais", disse o coordenador. De acordo com ele, a vantagem das embaladoras brasileiras está também na assistência técnica, no atendimento pós-venda e na customização.

 

Veículo: DCI


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