A Nestlé, líder mundial do setor de alimentos, faturou 20,3 bilhões de francos suíços (US$ 22,7 bilhões) no primeiro trimestre deste ano, com alta de 6,4% no crescimento orgânico e de 4,9% em crescimento interno real, acima das projeções de analistas.
O desempenho se deveu à forte demanda nos mercados emergentes e ao aumento de preços dos produtos da Nestlé, o que compensou a elevação dos custos de matérias-primas como café, cacau, leite, grãos e petróleo.
No Brasil, o grupo suíço teve crescimento de vendas de dois dígitos em várias categorias de produtos, mas uma Páscoa "tardia" segurou a expansão do faturamento no importante negócio de chocolates.
Os produtos com maior destaque foram o macarrão instantâneo Maggi na Índia e a água Pure Life, cujas vendas cresceram nos mercados emergentes.
Nos países em desenvolvimento, as vendas orgânicas subiram 12%, superando com folga o ligeiro aumento de 3% nos mercados maduros. Atualmente, cerca de um terço da receita da multinacional suíça vem de economias emergentes. A Pure Life, por exemplo, se tornou a maior marca mundial de água engarrafada desde que ela passou a ser vendida no Paquistão, em 1998.
"É uma forte lista de resultados dirigida por mercados emergentes, mas o consumo na Europa e na América do Norte foi bem melhor do que o esperado e não apenas guiado por preço", afirmou Jon Cox, da Kepler Capital Markets.
A Nestlé e outros fabricantes de alimentos vêm enfrentando a disparada nos custos das matérias-primas, o que têm levado a reajustes na ponta do consumo e à busca de economias internas.
Veículo: Valor Econômico