Teuto inicia produção de genérico para tratamento de glaucoma

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O laboratório Teuto começa a produzir hoje o genérico do Cosopt, produto de referência desenvolvido pela multinacional Merck Sharp & Dohme (MSD), cuja patente expirou ontem.

 

O medicamento atua no controle da pressão ocular que, se elevada, pode caracterizar um glaucoma. O Teuto calcula que o produto movimenta no país R$ 35 milhões, somente no segmento farmacêutico. O medicamento também é vendido para o governo. "É um produto importante, com alto valor agregado", afirmou ao Valor o gerente de novos produtos do laboratório, Rodrigo Macedo.

 

Segundo o executivo, a empresa prevê atingir, em três meses, 20% do mercado de referência nas farmácias. O preço do genérico, de acordo com o Teuto, será 35% menor do que o do Cosopt, uma redução de R$ 31,80. O laboratório prevê a produção - que une as substâncias cloridrato de dorzolamida e maleato de timolol - de 22 mil unidades do genérico por mês.

 

O desenvolvimento da cópia do medicamento durou cerca de três anos e, em julho do ano passado, o Teuto obteve o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além desse genérico, deverão ter outras cópias entrando no mercado com o fim da patente. A Germed, do grupo EMS, por exemplo, também já conseguiu o registro da Anvisa para a fabricação do produto.

 

O Cosopt foi lançado pela MSD em 1998 no Brasil. "O término da patente do medicamento é uma clara demonstração dos benefícios que o respeito à propriedade intelectual gera para o mercado e para os pacientes. É um movimento natural do mercado", informou a MSD, em nota, ressaltando que já está tomando ações efetivas que possibilitem ampliar o acesso ao Cosopt.

 

Segundo dados da Pró-Genéricos (Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos), somente neste ano mais de dez medicamentos perderão suas patentes. Calcula-se que, a partir do momento que um referência perde a proteção, suas vendas caem cerca de 60% no primeiro ano. Em 2009 e 2010, o mercado de inovação perdeu US$ 1 bilhão com o fim das patentes dos medicamentos mais vendidos.

 

Veículo: Valor Econômico


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