Cotações do café tombam nos EUA após recorde em 34 anos

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Mesmo o analista mais inexperiente do mercado de commodities saberia informar que os preços do café teriam uma queda acentuada em algum momento, após a forte valorização que vem sendo registrada desde o início da segunda metade de 2010. Difícil, no entanto, era precisar quando isso aconteceria. Ontem, foi um desses dias de perdas.

 

Apenas nos negócios de quarta-feira, as cotações do café nos contratos de segunda posição - geralmente as de maior liquidez - recuaram 1,81% (1.165 pontos). Essa foi a maior queda diárias nos preços do café em quase dois meses na bolsa de Nova York e ocorre um dia após os preços terem alcançado o patamar mais elevado dos últimos 34 anos para os papéis de segundo mês de vencimento, segundo informações do Valor Data.

 

Ontem, o café para julho terminou o dia valendo US$ 2,945 por libra-peso, voltando para o nível abaixo da barreira psicológica dos US$ 3,00. No dia anterior, o mesmo contrato valia expressivos US$ 3,0615 por libra-peso.

 

Mesmo com a forte queda de ontem, os preços do café permanecem em um patamar elevado. No acumulado de 12 meses até abril, as cotações do grão acumulam uma valorização de 110,98%. Foi por essa razão que analistas consultados pela Dow Jones Newswires disseram que o ajuste realizado ontem no mercado americano era algo esperado.

 

Com preços tão atraentes, os principais países produtores tentam aproveitar ao máximo a oportunidade e exportam tudo o que podem. Dados da Organização Internacional do Café (OIC) mostram que nos seis primeiros meses da safra 2010/11 os países produtores despejaram no mercado internacional 52,9 milhões de sacas. O volume é 15,4% superior ao registrado no mesmo período do ciclo anterior e um claro sinal de que nem a oferta maior tem sido suficiente para esfriar a alta.

 

O relatório da OIC indica que apenas em março as vendas externas dos produtores foram de 10,45 milhões de sacas. O desempenho representa um crescimento de 21% em comparação a fevereiro deste ano e 19,6% maior que o registrado em março do ano passado.

 

A expectativa agora é que as exportações sigam em alta, principalmente com o início da colheita no Brasil. Novas quedas até são esperadas por conta da oferta maior, mas ainda assim, dentro de níveis de preços bastante altos.

 


Veículo: Valor Econômico


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