O segmento atacadista distribuidor apresentou um crescimento real de 8,2% no ano passado, em relação a 2009. A alta resultou num faturamento de R$ 151,2 bilhões para as empresas que distribuem mercadorias no atacado nacional. O desempenho desse mercado foi apurado pelo Ranking Abad/Nielsen, com 412 companhias pesquisadas.
Os resultados superam as expectativas Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), que previa uma expansão de 6%. A entidade avalia que o segmento saiu da crise econômica mundial fortalecido: o aumento de 8,2% é o dobro do registrado entre 2008 e 2009.
Nos últimos seis anos, a participação do atacado no comércio brasileiro manteve-se estável, por volta dos 50%. "Observa-se uma estabilização desse patamar. Isso é muito saudável, representa o equilíbrio da cadeia de abastecimento", disse o presidente da ABAD, Carlos Eduardo Severini. Em 2010, a participação correspondeu a 52,8% de tudo que foi distribuído no mercado merceeiro do País e atendeu a mais de 1 milhão de pontos de venda.
Entre os destaques do Ranking Abad/Nielsen, está o crescimento do atacado regional. O mercado do interior do País - especialmente nas Regiões Norte e Centro-Oeste - ganhou impulso com o aumento da renda nas classes C, D e E. "Essas classes se abastecem em pequenas lojas, que por sua vez são atendidas pelos atacadistas e distribuidores", explicou Severini.
O representante aponta que a as empresas se adaptaram bem às novas realidades do Brasil, com investimentos nas áreas de infraestrutura e operacional. O segmento empregou 10% a mais em 2010: 72 mil postos formais.
Veículo: DCI