A negociação entre a rede americana Walmart e a africana Massmart recebeu sinal verde do Tribunal de Concorrência da África do Sul. Agora, o Congresso dos Sindicatos Sul-Africano (Cosatu), que não está a favor do negócio, propôs uma paralização nacional dos trabalhadores da rede varejista sul-africana.
O Walmart, em novembro do ano passado, fez uma oferta de US$ 2,4 bilhões para comprar 51% da Massmart.
De acordo com um porta-voz do Cosatu, Patrick Craven, o sindicado quer impedir que o negócio vá adiante. "Vamos fazer manifestação, greve, piquete. Temos conhecimento dos nossos direitos", disse Craven a uma televisão local.
No início da semana, Rob Davies, ministro de Comércio e Indústria da África do Sul, disse ao The Wall Street Jounal que a proposta do Walmart poderia ser barrada pelo Tribunal de Concorrência.
Há no país o receio de que o Walmart monopolize o varejo e prejudique os trabalhadores, os fornecedores e as demais redes varejistas que atuam na África do Sul. "Queríamos que o Walmart fosse banido da África do Sul", disse Craven.
Em resposta, a rede norte-americana garantiu não demitir nenhum funcionário nos próximos dois anos, honrando todos os acordos trabalhistas. A rede varejista também prometeu fazer investimentos de US$ 14,4 milhões para ajudar os fornecedores sul-africanos.
Veículo: DCI