A produção nacional de batata é praticamente destinada ao mercado interno. Mesmo assim, o produto sofre os efeitos da globalização dos preços internacionais das commodities.
A alta de preços de soja e milho respinga também sobre a batata, principalmente devido à elevação de insumos, como fertilizantes, e a aumentos no preço da terra e no valor do arrendamento.
Elevação de custo de produção, que está por volta de R$ 19,5 mil por hectare, e alto risco das lavouras, que não têm seguro, levaram a Pepsico a adotar um programa especial para o setor.
A empresa, que consome de 4% a 5% da produção nacional do produto, está destinando R$ 17 milhões para os produtores cadastrados em seu portfólio.
Se considerada apenas a batata que vai para a indústria, a participação da empresa no consumo nacional é ainda maior.
Neste momento de urgência em relação à nova realidade, são necessárias soluções criativas e rápidas para evitar o impacto do aumento substancial dos custos, principalmente de fertilizantes, diz Newton Yorinori, diretor da divisão agrícola da Pepsico do Brasil.
Para o executivo, "a Pepsico terá um crescimento orgânico agressivo nos próximos anos e precisamos estruturar toda a cadeia da batata".
As medidas de apoio visam desde a infraestrutura à ampliação de plantio e de colheita. O objetivo do auxílio financeiro é permitir que os produtores façam investimentos em plantadoras e colhedoras de batatas.
Com isso, devem cair as perdas no campo e aumentar a eficiência da produção e a qualidade do produto.
Uma das prioridades da empresa será a construção de câmaras frias, que permitam armazenagem das batatas por até quatro meses.
Veículo: Folha de S.Paulo