Para a safra 2010/2011 de feijão em Minas Gerais, o segundo maior produtor do grão na primeira safra (14,60% do volume total), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou um aumento de 1,4% na área de plantio, passando de 189,4 mil para 192,1 mil hectares, em razão dos bons preços no mercado. A produção ficou 3,8% superior à primeira safra de 2009/2010, com volume de 221,7 mil toneladas.
Em algumas regiões do Estado, o incremento de área foi prejudicado pela falta de distribuição de sementes. Em outros municípios, as chuvas foram consideradas excessivas em janeiro, quando as lavouras estavam em fase de maturação e início de colheita, o que provocou perdas na produtividade e principalmente na qualidade dos grãos.
As lavouras da primeira safra já foram todas colhidas. Predomina em Minas Gerais o plantio de feijão cores, mas na região Central e na Zona da Mata é bastante expressivo o cultivo do feijão vermelho e do feijão preto.
Para a segunda safra, os levantamentos apontam para uma redução da área plantada na ordem de 12,2% em relação à safra passada, em razão dos baixos preços praticados pelo mercado a partir da colheita do feijão primeira safra e da estiagem ocorrida em janeiro em algumas regiões, dificultando o cultivo por parte dos pequenos produtores. A colheita já foi iniciada e deverá se estender até o final de junho. No período deverão ser colhidos no Estado cerca de 177,7 mil toneladas do produto, o que representa uma queda de 17%, frente à safra anterior.
As informações da Conab apontam para uma redução da área a ser cultivada na terceira safra de feijão na ordem de 2,3% em relação à safra anterior. Os produtores da região Noroeste de Minas Gerais estão preocupados com o aumento da incidência do ataque do "mofo branco", o que causou atraso na semeadura. O plantio já foi iniciado e deverá se estender até o final de junho. A estimativa é colher 192 mil toneladas de feijão no período, queda de 2%.
Soja - A produção de soja em Minas Também será menor que a obtida na safra anterior. Segundo os dados da Conab, a produtividade média no Estado atingiu 2.702 quilos por hectare. O excesso de chuvas observado nas principais regiões produtoras, a partir do final de fevereiro, acabou prejudicando a colheita da soja precoce, com perdas pontuais em lavouras que foram dessecadas e não puderam ser colhidas pela continuidade das precipitações, bem como pela elevação do percentual de grãos perdidos em razão do aumento da umidade na soja colhida.
A produção deve alcançar 2,754 milhões de toneladas, volume 4,1% inferior ao colhido em 2009/2010. A área plantada é de 1 milhão de hectares e ficou estável a utilizada anteriormente. (MV)
Veículo: Diário do Comércio - MG