Classe C demanda mais eletroeletrônicos

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Com maior acesso a crédito e garantias de estabilidade no emprego, as classes C e D já sustentam o crescimento do setor de eletroeletrônicos no Brasil. Nunca se venderam, por exemplo, tantas lavadoras de roupas, item que até 2006 só estava presente em 39% dos lares e em 2009 já chegava a 44,3%, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Até junho deste ano, o segmento registrou crescimento da ordem de 20% em comparação com o mesmo período de 2010, diz a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros).

 

De acordo o presidente da entidade, Lourival Kiçula, apesar das recentes medidas de contenção de consumo, o acesso a crédito continua amplo, e o papel desempenhado pelos consumidores das classes C e D sustenta o momento positivo do segmento. O Grupo Mueller, cujos produtos são voltados para essas classes, aposta no crescimento e para tanto planeja uma expansão das vendas ao sudeste. A empresa trabalha em parceria com os pequenos e médios varejistas e terá uma linha nova de produtos voltados também para a população que ascendeu da classe C para a B.

 

"O mercado de fogões cresceu cerca de 15% em 2010, puxado por inovações, como o fogão de cinco bocas", explica o diretor Comercial da unidade de fogões, Alexandre Pires da Luz. De acordo com ele, o desempenho do fogão de quatro bocas - que deve estar presente nos novos lares do programa "Minha casa, Minha Vida" - continua estável, mantendo posição entre aqueles consumidores de menor poder aquisitivo. Já a Mallory, que atua em eletroportáteis a preços acessíveis, acredita no bom momento do setor. Por isso está trazendo ao País a marca Taurus, voltada ao segmento de maior poder aquisitivo. Segundo o CEO da empresa, Angel Riudalbas a expansão com uma nova linha aposta na força da economia brasileira e no anseio dos consumidores por produtos com maiores diferenciais tecnológicos e de design.

 

A aposta na expansão do setor parece certa. Ontem o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que o menor índice de atrasos de 15 a 90 dias deve levar à redução da inadimplência.

 


Veículo: DCI


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