Máquina de Vendas volta a ser segunda maior do Brasil

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A disputa dos grandes varejistas brasileiros pelo mercado de eletroeletrônicos está cada dia mais acirrada. Ontem, a mineira Máquina de Vendas, holding formada pelas bandeiras Ricardo Eletro, Insinuante e City Lar, anunciou a aquisição da rede Eletro Shopping, com sede em Recife (PE) e atuação também em outros estados do Nordeste, como Sergipe, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.

 

A partir dessa união, a holding, que passará a contar com 900 lojas em 301 cidades, 23 estados e no Distrito Federal, somando 24 mil funcionários diretos, cria a Máquina de Vendas Nordeste, a ser representada pela Eletro Shopping e presidida por seu fundador, Richard Saunders. Conforme comunicado, a associação deve elevar o faturamento do grupo para R$ 7,2 bilhões neste ano. O valor da negociação não foi divulgado.

 

Conforme o presidente do conglomerado empresarial, Ricardo Nunes, a aquisição faz parte da estratégia do grupo para os próximos anos de avançar fortemente sobre aquela região. "Com a constatação de que o Nordeste brasileiro está crescendo acima da média do país, estamos de olho neste mercado consumidor ascendente", disse.

 

Dança das cadeiras - O negócio muda o cenário formado há cerca de um mês, quando a rede paulistana Magazine Luiza acertou a compra das lojas do Baú da Felicidade, do Grupo Silvio Santos, por R$ 83 milhões, consolidando a posição de segundo maior grupo varejista de eletrônicos e eletrodomésticos do país. A liderança do setor é ocupada pelo Grupo Pão de Açúcar, com sede em São Paulo. Entre as aquisições mais importantes realizadas pelo Pão de Açúcar nos últimos anos está a incorporação das Casas Bahia e Ponto Frio.

 

Ao adquirir a Eletro Shopping, a Máquina de Vendas abre maior vantagem em número de lojas em relação à empresa comandada por Luiza Helena Trajano, que, com o Baú, soma 732 unidades.

 

Com a aquisição da Eletro Shopping, que dará origem à Máquina de Vendas Nordeste, a rede varejista mineira passará a contar com 900 lojas e deve aumentar o faturamento deste ano para R$ 7,2 bilhões, ante previsão anterior de R$ 6,3 bilhões. Em 2010, a Máquina de Vendas contabilizou receita bruta de R$ 5,7 bilhões. Nunes disse que a meta é chegar a 2014 com mil lojas e faturamento de R$ 10 bilhões, com a geração de 30 mil empregos diretos. Atualmente, a rede já está presente em 23 estados, 301 municípios e emprega 24 mil pessoas.

 


Capilaridade - Com sede em Recife (PE), a Eletro Shopping possui lojas nos estados de Sergipe, Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará. Segundo Nunes, as novas operações serão majoritariamente complementares, uma vez que são poucas as cidades do Nordeste com lojas das bandeiras do mesmo grupo. "Não haverá concentração", garantiu.

 

"As operações da Insinuante e Eletro Shopping serão complementares, uma vez que são poucas as cidades do Nordeste com lojas das duas bandeiras. Não haverá concentração", reforçou o presidente do conselho de administração da Máquina de Vendas, Luiz Carlos Batista.

 

Nunes disse, ainda, que as negociações duraram três meses e que a holding continuará apostando na identidade regional das marcas incorporadas. "Vamos preservar a essência dos negócios. Ou seja, as marcas e o conhecimento de cada sócio nas diversas regiões em que atuamos, por isso as equipes serão mantidas", disse.

 

Conforme o empresário, a expansão da rede ocorre impulsionada pelo bom desempenho da economia brasileira, sobretudo em decorrência do aumento do poder de compra das classes B e C, principal mercado consumidor da empresa. "Muitos brasileiros estão tendo acesso, pela primeira vez, a aparelhos e equipamentos que, sequer, conheciam ou não tinham condições de adquirir. Este contexto macroeconômico impulsiona o nosso segmento", justificou.

 

Com as perspectivas de manutenção da estabilidade econômica nacional o crescimento da Máquina de Vendas não deve parar por aí. Segundo Nunes, outras redes varejistas de menor porte estão sendo sondadas em diferentes regiões do país. Apesar da confirmação ele preferiu manter sigilo sobre nomes e regiões mais visadas. "Não só procuramos como somos constantemente procurados por grupos que pretendem se unir a nós. No entanto, por enquanto, ainda não podemos anunciar nada mais", disse.

 


Veículo: Diário do Comércio - MG


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