O varejo vai às compras

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Com aquisições e fusões, empresas buscam novos mercados e segmentação para atender vários públicos

 

Diversificar formatos para atender públicos diferentes. Essa tem sido a estratégia adotada pelas gigantes do setor de supermercados. Na avaliação da Plano CDE, empresa de consultoria e pesquisa, o movimento, observado ao longo de toda a última década, é impulsionado por três fatores básicos.

 

Primeiro, o aumento do poder de compra da população. Em seguida, uma mudança nos hábitos do consumidor, que, com inflação controlada, não precisa mais fazer grandes compras de uma só vez -o que eleva a preferência por lojas de bairro. E ainda o encarecimento dos terrenos e a falta de "pontos" para grandes supermercados nas capitais, que favorecem o investimento em lojas menores.
"Além do endereço nos bairros, o varejista local tem outro ativo muito importante para as gigantes: o conhecimento do mercado", diz Luciana Aguiar, sócia-executiva da Plano CDE.
"Com essas aquisições, as grandes redes ganham capilaridade e a experiência de perfil de loja, que agrada aos consumidores da base da pirâmide", afirma.

 

Aguiar cita, por exemplo, serviços de entrega para quem faz compras a pé ou a permissão para que vans ofereçam transporte em frente ao estabelecimento.

 

Celso Ienaga, sócio da Dextron Management Consulting, afirma que a concentração a partir de grandes redes observada no setor de supermercados tende a atingir cada vez mais os outros segmentos do varejo -como móveis e eletrodomésticos, farmácias e vestuário.
"Mas esse movimento só acontece com o aumento da maturidade empresarial, com as famílias proprietárias contratando executivos e criando estrutura de governança."

 


Veículo: Folha de S.Paulo


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