O Casino, sócio do Grupo Pão de Açúcar, abriu uma linha de financiamento de médio prazo no valor de US$ 900 milhões com um conjunto de nove bancos internacionais. Os emprestadores são JP Morgan, que atuou como agente facilitador, Bank of America, Merrill Lynch, Barclays, Citi, Credit Suisse, Deutsche Bank, Goldman Sachs, HSBC e RBS. A linha foi aberta, mas o Casino não captou recursos no momento. A rede pode recorrer à esse canal de financiamento pelo prazo de três anos.
Em nota, o Casino informou ontem que a operação "permite ao grupo fortalecer a liquidez e acessar recursos financeiros competitivos", sem dar mais detalhes sobre o destino dos recursos.
Segundo dados do último balanço financeiro da rede, o grupo tinha em 30 de junho uma dívida financeira líquida de €6,7 bilhões, acima dos €5,3 bilhões em 30 de junho de 2010. Apesar da alta, a relação entre dívida e Ebitda ficou abaixo de 2,2 ao final do primeiro semestre, número considerado meta para a rede.
Segundo o balanço, o valor da dívida líquida inclui o aumento na participação da rede no Grupo Pão de Açúcar. Em junho, a varejista francesa investiu US$ 1 bilhão na aquisição de ações preferenciais da cadeia brasileira, com a compra de 10% do capital da empresa.
Em outras regiões, foram feitos novos investimentos. Na Tailândia, a empresa anunciou no final de 2010 o fechamento de acordo de compra das unidades tailandesas do Carrefour por US$ 1,2 bilhão, incluindo dívidas.
No Uruguai, o Casino anunciou em junho a aquisição do controle da subsidiária uruguaia Disco e Devoto, por US$ 746 milhões. A operação uruguaia faz parte da Éxito, varejista colombiana controlada pelo Casino. A Éxito anunciou naquele momento que iria realizar uma oferta de ações na Colômbia avaliada em US$ 1,4 bilhão para custear a compra da participação majoritária nas varejistas. A Éxito quer vender os papéis ainda este mês, disse ontem Juan Felipe Yarce, vice-presidente de ativos imobiliários da empresa.
Veículo: Valor Econômico