Quatro, das sete que tem em Ribeirão Preto, devem encerrar as atividades.
O grupo Carrefour deve fechar nos próximos dias quatro das sete lojas que possui em Ribeirão Preto - 10ª cidade mais rica do Estado, com Produto Interno Bruto (PIB) per capita de R$ 24,89 mil, acima da média de São Paulo.
Embora a empresa não confirme nem negue oficialmente a informação, o assunto já circula entre funcionários das lojas, onde produtos estão sendo liquidados a preços bem menores que os praticados normalmente.
A reportagem apurou que até os clientes dessas unidades - Ipiranga, Vila Virgínia, Santa Cruz e Campos Elíseos -, quando perguntam sobre o assunto, estão sendo avisados, inclusive sobre datas.
O fechamento de pelo menos duas das lojas é esperado para ocorrer até sexta-feira.
As quatro unidades - chamadas de Carrefour Bairro - foram adquiridas em Ribeirão pelo grupo francês em 2009. Antes, pertenciam à rede de supermercados Gimenes, de Sertãozinho.
Com o fechamento, restariam em Ribeirão apenas um Carrefour Bairro - o da área central - e dois hipermercados da rede - do Ribeirão Shopping e da via Norte.
Recentemente, o hipermercado do grupo em Franca deu lugar ao Atacadão. O mesmo aconteceu com a unidade de Novo Hamburgo (RS).
Após a fracassada tentativa de fusão com o Pão de Açúcar, o Carrefour fechou também duas lojas na capital paulista, além de Uberaba (Triângulo Mineiro), Vitória e Brasília.
A presidente do sindicato dos comerciários de Ribeirão Preto, Regina Pessoti Zagretti, estima que, se confirmados os fechamentos, cerca de 1.200 profissionais podem perder o emprego.
Para o vice-presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Aurélio Mialich, a explicação para o fechamento em uma economia forte como a de Ribeirão Preto pode estar na concorrência.
"A cidade tem um mercado consumidor bastante grande, mas o número de lojas também cresceu demais. Quem não estiver estruturado tende a fechar mesmo."
A assessoria de imprensa do Carrefour foi procurada para dar informações sobre a situação, mas afirmou que não responderia porque a empresa não comenta "assuntos estratégicos".
Sobre os fechamentos anteriores, disse em agosto que decorriam de uma "reestruturação". (FP)
Veículo: Diário do Comércio - MG