Produtores investem no alho

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Volume em Minas Gerais deve crescer 5,3%.



Apesar do crescimento das importações de alho pelo Brasil - entre janeiro e agosto entraram no país 109,9 mil toneladas do produto, vindas da Argentina e da China -, os agricultores mineiros estão investindo no aumento da safra. O IBGE estima que a produção de alho no Estado, neste ano, vai alcançar 19,7 mil toneladas, volume 5,3% maior que o registrado no ano passado.

A colheita mineira prevista para este ano equivale a 16,6% da safra nacional, garantindo a vice-liderança no ranking brasileiro, atrás apenas de Goiás. Para o superintendente de Política e Economia Agrícola da Subsecretaria do Agronegócio da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), João Ricardo Albanez, o aumento da safra estadual é conseqüência principalmente da intensa utilização de tecnologia nas lavouras. "Por isso, a produtividade média no Estado é de 12,1 toneladas de alho por hectare. Há dez anos, era de 8,1 toneladas", explica Albanez.

Primeiro colocado na produção estadual de alho, o Alto Paranaíba tem safra estimada de 13,8 mil toneladas, correspondente a cerca de 70% do volume estadual. Albanez avalia que o plantio, principalmente na região líder de produção, foi estimulado em 2011 pela recuperação de preço registrada em 2010, como conseqüência de uma redução temporária das importações de alho chinês.


Qualidade - O agricultor familiar Oswaldo Júnior, que mantém o cultivo de alho em 18 hectares no município de São Gotardo, no Alto Paranaíba, diz que o produtor deve sempre investir na qualidade, independentemente da importação. " necessário produzir sempre o nosso alho com qualidade, exista ou não a importação. Além disso, o volume das compras externas do produto pelo Brasil pode cair, e nesse caso os preços internos serão mais compensadores."

Oswaldo Júnior concorda que o alho nacional, especialmente o colhido nas lavouras mineiras, tem a preferência dos consumidores que valorizam a qualidade. A observação é compartilhada pelo extensionista Dener Henrique de Castro, que atua no município. "O produto de Minas tem qualidade reconhecida em todo o país, especialmente nos mercados de São Paulo, Recife e Amazonas", explica.

A preferência do consumidor brasileiro pelo alho nacional também é citada por Eduardo Sekita, diretor do grupo Sekita, de São Gotardo, que trabalha com a parceria de 49 produtores em 190 hectares.


Veículo: Diário do Comércio - MG


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