Lucato fecha parceria com o Walmart para venda de laranja

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Com planos de aumentar em 20% o volume de vendas este ano, a Citrícola Lucato, que atua principalmente com a comercialização de laranjas de mesa, acabou de fechar um acordo com a rede norte-americana Walmart.

A nova parceria somente foi possível porque a empresa possuía um acordo anterior de exclusividade com o Pão de Açúcar, dado uma mudança de embalagens da marca Lucato, pela marca exclusiva da rede de supermercados brasileira, "Qualitá".

A história dos três irmãos Lucato - que transformaram o pequeno negócio do pai, Gilson Lucato, que possuía um box de venda de laranjas no Mercado Municipal na década de 1960, em uma grande empresa - parece ter dado certo. Atualmente com vendas na casa das 40 mil toneladas por ano de frutas de alta qualidade, a empresa, que recebeu a primeira encomenda de um supermercado em março de 2006, já acumula grandes redes em seu portfólio, como Pão de Açúcar, Extra, Dia, e agora, Walmart.

"Após um grande período de análises, já que possuíamos um acordo de cavalheiros com o Pão de Açúcar, conseguimos fechar com este grande cliente. Nós não consideramos o Walmart um concorrente direto da rede brasileira, mais do Extra ou do francês Carrefour", garantiu o filho mais velho do "seu Gilson", Gilson Lucato Júnior.

A proposta da nova rede, recebida ainda no começo do ano, havia se tornado um problema inicialmente. Entretanto, após muitas conversas com a grande rede supermercadista brasileira, chegou-se à solução. "Vamos transformar as nossas embalagens que têm o logotipo nosso e o código de rastreabilidade, na marca Qualitá, do Pão de Açúcar."

Júnior acredita que até o começo de novembro as vendas de suas frutas para a rede já estarão com a nova marca. "Apesar do nome, os produtos continuarão com a qualidade Lucato, e com todas as nossas informações."Instalada em Limeira, no interior do Estado de São Paulo, a Lucato trabalha hoje com 20% de frutas próprias, oriundas de uma fazenda própria em Minas Gerais, e 80% de frutas de terceiros. Segundo Júnior, a ideia é atingir em dois ou três anos uma representatividade de 50% de frutas próprias. "No ano que vem esperamos que as nossas laranjas e tangerinas próprias representem 30%. Isso já era para ter acontecido este ano, mas o volume de vendas foi bastante grande."

Com a entrada da nova rede de supermercados americana, e a expansão tradicional do negócio, Júnior lembrou que novos maquinários já estão sendo cotados para equipar o seu recente e moderno packinghouse. "Estamos com um projeto para comprar um maquinário para ampliação da nossa estrutura física que vai gerar ganhos de trabalho e tempo de serviço. Queremos comprar e instalar até o começo do ano que vem, até porque estávamos aguardando como o dólar ia se comportar para fecharmos o negócio", frisou Júnior.

O executivo contou ao DCI que a compra desta máquina deve desafogar a sua linha de produção, que consiste na recepção das frutas, limpeza, seleção por peso e tamanho e embalamento. "A nossa capacidade está no limite e atualmente é realizada por funcionários. Se crescermos 20% no ano que vem, essa máquina terá capacidade para suprir essa demanda. Com isso pretendemos retirar os funcionários que hoje atuam nessa área, para transportá-los para outra atuação dentro da empresa, até pela dificuldade que temos de contratar e treinar novos profissionais", finalizou Lucato Júnior.



Veículo: DCI


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