Ao promover o fechamento de 14 supermercados e a conversão de cinco outras bandeiras (para Atacadão), o Carrefour mostra que fez uma opção por caixa e rentabilidade mais seguros no Brasil - país que ajudou a suavizar os resultados negativos da rede francesa no primeiro semestre deste ano. A empresa aposta na eficiência do modelo 'atacarejo', responsável por metade das vendas e 75% dos lucros e destinado a consumidores das classes C e D e a pequenos varejistas, e pretende abrir de 15 a 20 unidades dessa bandeira por ano, a partir de 2012, como havia anunciado em agosto o presidente global da companhia, Lars Olofsson.

Das lojas fechadas, oito eram de bairro, e seis, da bandeira tradicional - Morumbi e Ipiranga (SP), Vitória (ES), Uberaba (MG), Brasília Norte (DF) e Niterói (RJ). "Não dá para manter um buraco onde só entra água", diz o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do estado, Álvaro Furtado, sobre os hipermercados. Sua opinião é compartilhada pelo presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, Ricardo Patah.

Sobre as lojas de bairro, o professor Cláudio Felisoni, do Programa de Administração do Varejo (Provar), afirma: "São lojas que chegaram mais tarde que o Pão de Açúcar. Certamente, apresentaram resultados ruins".


Veículo: DCI