Fora o segmento de vestuário, áreas como a supermercadista e o varejo de produtos de higiene pessoal deverão ter o maior destaque. Outro setores, como o de shopping centers, tendem a ser mola propulsora de terceirizados, com a perspectiva de serem empregados cerca de 140 mil temporários no fim de ano, segundo sondagem realizada pela Alshop, entidade da área - são paulo
Depois de conferir um incremento geral das vendas para o Dia da Criança, o comércio varejista começa a se preparar para as vendas de fm de ano com um reforço da contratação de mão de obra temporária. A expectativa é que o setor envolva um contingente ainda maior este ano, que contará com cerca de 270 mil trabalhadores extras - um aumento de 2% sobre o nível de admissões estimado em 2010.
O segmento de calçados e vestuário, como sempre, deve liderar as admissões, representando 44,1% do total. Em seguida, estão os super e hipermercados (19,7%) e as empresas que trabalham com artigos de uso pessoal ou doméstico (13%). Em quarto lugar, as lojas de móveis e eletrodomésticos respondem por 8,8% das contratações esperadas, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio (CNC).
Segundo a entidade, é possível calcular esse número para o setor comercial considerando os meses de setembro, outubro e novembro. "Quando o comércio está bom, contrata-se mais ao longo do ano e menos no final", observou a economista Marianne Hanson, da CNC. A confederação espera que as vendas cresçam 5% no último trimestre, no que diz respeito a temporários - cujo tempo de contratação não deve passar de três meses.
Uma das áreas mais movimentadas no fim de ano são os centros de compras, que têm por hábito aumentar a força de vendas para atender a demanda, maior do que nos meses tradicionais. Neste caso, a perspectiva também é bastante animadora: os shoppings devem contratar 140 mil temporários no fim de ano. Segundo sondagem da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), no ano passado a estimativa de contratação era de 130 mil pessoas. Cerca de 60% das vagas deverão ser ocupadas por candidatos de 18 a 40 anos, incluindo estudantes do ensino médio e universitários. Eles deverão desempenhar funções de vendas também em segmentos como eletrodomésticos e perfumaria.
Alimentos
Na área de alimentos, o Grupo CRM, detentor das marcas Kopenhagen e Brasil Cacau, anunciou que irá recrutar 340 colaboradores temporários para a fábrica localizada na cidade mineira de Extrema, a 100 quilômetros da cidade de São Paulo.
"O Natal é a segunda data mais importante para o Grupo CRM, e a expectativa é de que 410 toneladas de itens de chocolate sazonais e panetones sejam produzidas. Além disso, a linha regular também terá incremento, graças ao qual deve produzir 530 toneladas de chocolate para atender a demanda natalina, totalizando 940 toneladas de produtos para essa temporada", conforme afirmou Fernando Francalassi, diretor-industrial do Grupo CRM. Com a maior procura de produtos como eletroeletrônicos, as marcas Casas Bahia e Pontofrio também estão ampliando a contratação de cerca de 2.600 colaboradores temporários. A holdingGlobex, que congrega as duas marcas, afirma que vagas são para o posto de auxiliar de loja nas 454 filiais do Pontofrio e para as funções de ajudante externo e interno, auxiliar de escritório, inspetor de mercadoria, motorista, motorista de empilhadeira e operador de paleteira nos centros de distribuição (CDs). Conforme a companhia, é possível dizer que há chances de efetivação desses temporários no próximo ano.
Em nota, Roberto Fulcherberguer, vice-presidente-comercial da Globex, afirma que a empresa está otimista para o fim de ano e espera um Natal mais forte do que em 2010. "Vamos ser mais agressivos nas condições comerciais e ganhar market share [participação de mercado]."
Engajamento
Os empregados brasileiros estão entre os mais engajados no trabalho, segundo pesquisa internacional que colocou os funcionários de empresas do País em terceiro em um ranking de 18 países. A pesquisa foi realizada pela consultoria ORC International, sendo que o estudo considera como engajado o empregado que fala bem da empresa e de seus produtos, tem interesse em continuar sendo parte da organização e em buscar seus objetivos e se esforça para ir além das expectativas básicas de sua função.
Em um índice de zero a 100, o engajamento dos empregados brasileiros foi classificado em 64, atrás dos chineses (67) e dos indianos (74).
A pesquisa mostra o impacto que as mudanças econômicas globais vêm tendo sobre o ambiente de trabalho, já que os três primeiros do ranking são países com crescimento acelerado nos últimos anos. No outro oposto, três das últimas cinco posições do ranking são ocupadas por economias desenvolvidas europeias (Grã-Bretanha, França e Espanha), e a última posição é ocupada pelo Japão.
O Walmart enfrenta uma crise na China, um de seus mais importantes mercados em expansão, com a saída de seu principal executivo naquele país, além dos desafios já existentes, como o enfraquecimento nas vendas e o fechamento de lojas por reguladores. A maior varejista do mundo em vendas afirmou ontem que Ed Chan, presidente e executivo-chefe do Walmart China, pediu demissão por razões pessoais. Scott Price, presidente e executivo-chefe do Walmart Asia, também trabalhará como CEO interino até um novo nome ser escolhido.
Chan manteve o cargo por quase cinco anos e monitorou a expansão que levou o Walmart de cerca de 70 lojas na China, em 2006, para as atuais 353 lojas. O Walmart informou ainda que Clara Wong, vice-presidente sênior de Recursos Humanos na China, também se demitiu. Autoridades chinesas de Chongqing puniram a rede em setembro, após acusar uma filial de vender carne de porco comum como uma mais cara.
Veículo: DCI