Loja de preço popular já movimenta R$ 9 bi

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O Brasil conta hoje com cerca de 50 mil lojas especializadas no segmento popular de produtos a partir de R$ 1,99, segmento que deverá movimentar mais de R$ 9 bilhões este ano e crescer a uma taxa média de 3% a 4%. Até dois anos atrás esse mercado via maior pujança de faturamento, que crescia em média de 8% a 9%, mas com a crise econômica o setor ficou de certa maneira comprometido pela oscilação de preços de produtos importados, área que hoje representa cerca de 65% dos itens comercializados - dos quais 80% são chineses.

"Se engana quem pensa que essas lojas com preços a partir de R$ 1,99 saíram de moda. Ao contrário, a demanda de investidores interessados em entrar nesse varejo é enorme", afirma Eduardo Todres, um dos maiores especialistas na área, representante da Brasil Editora e Eventos Ltda., promotora da Feira 1,99, que começa hoje e segue até quinta-feira (20) no Expo Center Norte (Pavilhão Azul), localizado na zona norte da capital paulista. O evento é voltado para lojistas e fornecedores do setor.

Segundo Todres, a ampla oferta de produtos encontrados nessas lojas, como cosméticos, utensílios de plástico e vidro, ferramentas e brinquedos, entre outros, pode chegar a 6 mil itens diferentes por estabelecimento. Além disso, o chamado varejo de preço único mudou de conceito ao longo dos anos, depois do fortalecimento do rea: foi justamente quando os empresários desse modelo de varejo viram que era hora de depender cada vez menos das importações. Por isso, hoje a produção de quase metade do que é vendido em uma loja que tem o antigo perfil de estabelecimento de preço único é local.

"É preciso dizer que este é um setor muito forte do comércio varejista, pois movimenta anualmente R$ 9 bilhões no Brasil. Hoje há cerca de 50 mil lojas, e há seis anos eram apenas 18 mil os empreendimentos deste tipo no País. E o setor emprega diretamente quase 300 mil pessoas, na área varejista", explica Todres.

O promotor desta, que é a 23ª edição do evento, e a segunda feira anual do setor - a primeira costuma acontecer em março, para os lojistas se prepararem para as vendas do Dia das Mães - explica que há otimismo para as vendas de fim de ano, pois o termômetro era o Dia da Criança. "É preciso ter cautela, em termos de faturamento. Era preciso ver como foram as vendas do último feriado. Já no âmbito de abertura de lojas, podemos dizer que o ritmo segue bastante acelerado."


Confiança do consumidor

No comércio brasileiro, como um todo, o cenário ainda é estável mesmo com o agravamento da crise internacional, que ainda não atingiu a confiança do empresário do varejo paulistano de modo negativo. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) permaneceu estável em setembro em 124 pontos, e para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), o resultado está dentro do esperado. O índice varia em uma escala de 0 a 200 pontos e o otimismo se configura acima de 100 pontos.

A Fecomercio-SP afirma que o brasileiro sentirá os efeitos do agravamento da crise europeia e norte-americana, mas até o momento o crescimento da massa real de rendimentos no País e o bom desempenho do mercado de crédito foram mais relevantes para os empresários.


Veículo: DCI


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