A Redecard finalizou o terceiro trimestre de 2011 com lucro líquido de R$ 343,6 milhões, com alta de 6% em comparação com o mesmo período no ano anterior, quando obteve R$ 324,1 milhões, segundo divulgou a companhia na noite da última quarta-feira.
No período, a credenciadora de cartões teve receita operacional líquida de R$ 920,3 milhões, alta de 9% em relação ao terceiro trimestre de 2010, quando somou R$ 844,5 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado aumentou 8,2% no período, com RS$ 564,3 milhões.
As taxas de desconto a lojistas, as chamadas MDRs, devem manter o nível de estabilidade em 2011, na opinião do presidente da Redecard, Claudio Yamaguti. "As MDRs estão resilientes e devem permanecer nos níveis atuais", destacou o executivo ontem.
No período, a taxa líquida de desconto cobrada pela Redecard baixou de 1,15% na receita de crédito depois das parcerias feitas com bancos para 1,14%. Nas operações de débito, também houve queda, passando de 0,74% para 0,73%.
De acordo com Marcelo Kopel, diretor financeiro da Redecard, a redução no trimestre é resultado de um mix de venda mais favorável no segundo semestre do ano. "As taxas de desconto começaram a cair por conta da abertura de mercado, no ano passado. Hoje, a velocidade de recuo está menor e a tendência é de estabilidade"
Os aluguéis dos terminais de ponto de vendas (POS) da Redecard não devem cair, embora o grupo venha mantendo constantemente negociações com os lojistas. Segundo o presidente da Redecard, Claudio Yamaguti, máquinas mais modernas devem permitir a manutenção do valor cobrado. "Elas tendem a proteger o aluguel cobrado pelos POS."
Segundo o balanço, o preço médio do aluguel foi de R$ 56,82 no terceiro trimestre, recuo de 10,6% perante o mesmo intervalo de 2010. A queda, explica a empresa, se deve à maturação de medidas de negociação e fidelização com estabelecimentos e mudança nas isenções após a abertura do mercado.
A receita gerada pelo aluguel de máquinas também foi menor. No terceiro trimestre de 2011, essa fonte proporcionou ganho de R$ 188,7 milhões à Redecard, representando queda de R$ 16,5 milhões ou o equivalente a 8% perante o mesmo intervalo do ano passado.
De acordo com Yamaguti, há uma troca constante de máquinas conforme o avanço da tecnologia, que acontece a cada três anos. "Hoje temos equipamentos mais modernos do que no mercado pré-abertura. Além de serem sem fio e touchscreen, essas máquinas fazem um número 50% maior de transações e geram 30% mais de valor ao lojista", garantiu o executivo.
Veículo: DCI