Área colhida em Minas Gerais em 2010 foi de 15 mil hectares e neste ano deve fechar em 32,3 mil hectares.
O cultivo de algodão em Minas Gerais, conforme estudo da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), tem pontos positivos e negativos. Para este ano, a produção e a área colhida devem crescer frente às de 2010. Por outro lado, a produtividade por hectare pode cair e a balança comercial da atividade é negativa.
De acordo com o estudo, a área colhida em 2010 foi de 15 mil hectares e este ano deve fechar em 32,3 mil hectares, 115,3% de crescimento, mais que o dobro. Com o resultado, o Estado terá 2,3% da safra nacional. Desde 2005, a área cultivada da atividade reduziu em ritmo acelerado e só voltou a crescer neste exercício.
A produção, na mesma direção, deve saltar de 55,8 mil toneladas de algodão em pluma em 2010 para 115,9 mil toneladas ao final deste ano, uma evolução de 107,7% e uma participação também de 2,3% no total do país. O resultado é favorável, uma vez que na comparação entre os volumes produzidos em 2009 e no exercício seguinte houve estagnação.
Apesar do aumento na produção e na área colhida, o levantamento mostra que a produtividade em 2011 deve fechar o período em 3,5 toneladas de algodão por hectare cultivado, o que, se confirmado, consolidará um recuo de 3,1% frente ao índice de 3,7 toneladas/hectare registrado na safra anterior.
O estudo mostra também quais são os municípios que lideram o ranking dos maiores produtores do Estado. Encabeçam a lista Buritis, Unaí e Presidente Olegário, todos na região Noroeste, Coromandel (Alto Paranaíba) e Tupaciguara (Triângulo), que juntos têm participação de 62% na produção estadual.
Na divisão por região, o Noroeste, com 59,1% de participação, é o maior produtor de algodão em pluma do Estado, seguido pelo Triângulo (18,6%), Alto Paranaíba (16,4%), e Norte, que teve 5,8% de participação na produção estadual.
Balança - Em relação à balança comercial da atividade, o saldo registrado no acumulado ano até setembro é negativo de US$ 13,324 milhões. No período, as remessas estaduais de algodão para o exterior somaram US$ 51,885 milhões, contra importações de US$ 38,561 milhões.
Entre janeiro e setembro, as vendas externas de algodão somaram 5,1 mil toneladas, contra 6,4 mil toneladas no mesmo período de 2010, uma baixa de 20,3%. Em receita, a queda foi menos intensa, de 4,8%, porque, na mesma comparação, o preço da tonelada teve variação positiva de 19,5%.
Já as importações estaduais de algodão nos nove primeiros meses deste ano totalizaram 9 mil toneladas, ante 7,8 mil toneladas em idêntico período um exercício antes, um crescimento de 14,9%. Em giro financeiro e em igual confronto, a alta foi de 14,3%. O preço para desembarque do produto teve variação negativa de 0,5% entre os dois períodos.
Veículo: Diário do Comércio - MG