Logística, um problema com saídas no PR

Leia em 1min 50s

Dois estudos encomendados pela Federação da Agricultura do Paraná (Faep) mostram gargalos na logística do Estado. Um deles, feito pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP, revela que o custo do transporte intermodal, com ferrovia e rodovia, representa em média 103% do frete rodoviário. Outro, desenvolvido pela consultoria MB Associados, apresenta a necessidade de investir no Porto de Paranaguá para atender o volume adicional de grãos projetado para o terminal até 2021, de 7 milhões a 10 milhões de toneladas.

Os estudos foram apresentados ontem no Fórum de Logística do Agronegócio Paranaense, em Curitiba. Ágide Meneguette, presidente da Faep, disse que a intenção é oferecer instrumentos para que as empresas negociem melhor seus fretes. E, com os dados em mãos, cobrar investimentos em infraestrutura. "Nossa prioridade é melhorar o porto e, depois, reduzir os preços da ferrovia", afirmou. "Dentro da porteira, a economia demonstra pujança, fora dela temos muitos problemas".

De acordo com o economista José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados, Paranaguá é o porto que mais tem condições de aumentar a exportação de grãos. "Vai crescer pelo menos a metade e vai precisar de investimento novo", disse, citando, entre outros fatores, a movimentação de cargas vindas do Paraguai e a expectativa de incremento na importação de milho e soja por pela China.

A análise dos fretes foi liderada pelo professor José Vicente Caixeta Filho, que defende a revisão para baixo do teto tarifário da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Procurada, a direção da América Latina Logística (ALL), que administra a ferrovia que chega a Paranaguá, disse oferecer preços competitivos. O diretor comercial, Sérgio Nahuz, citou o aumento nos volumes transportados pela empresa e na participação nos portos em que atua.

A Faep contou com apoio da Organização das Cooperativas e da Alcopar, que reúne os produtores de álcool, para a realização dos estudos. Hoje cerca de 35 milhões de toneladas de produtos agrícolas circulam pelas rodovias e ferrovias do Paraná. "Temos bastante tarefa de casa", concluiu o secretário de infraestrutura e logística do Paraná, José Richa Filho, que acompanhou a divulgação dos dados. O trabalho da Esalq terá continuidade até maio.


Veículo: Valor Econômico


Veja também

Teka promove reestruturação para voltar ao azul

Com 85 anos de atuação, a fabricante de itens de cama, mesa e banho Teka, com sede em Blumenau, informou a...

Veja mais
Catupiry muda estratégia e requeijão é foco do negócio

A centenária Catupiry decidiu, há três anos, ampliar sua presença nas gôndolas entrando...

Veja mais
Aché busca margem maior com Profuse

A indústria de medicamentos Aché quer aproveitar o relacionamento construído com profissionais da s...

Veja mais
Preço de computador vai subir no Brasil devido a enchentes na Ásia

Mal se recuperaram da tensão causada pelo terremoto no Japão, os fabricantes de computadores estão ...

Veja mais
Grupo Pão de Açúcar investe R$4 milhões em centro esportivo localizado em São Paulo

O Grupo Pão de Açúcar inaugurou ontem um centro esportivo que será usado para avaliaç...

Veja mais
Minas Gerais faz pressão para manter o queijo artesanal

A recente visita do ministro interino da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Carlos Vaz, a Minas G...

Veja mais
Gasolina segue vantajosa em 24 estados e no DF

Os preços da gasolina seguem mais competitivos que os do etanol em 24 estados brasileiros e no Distrito Federal, ...

Veja mais
Doriana está em falta no supermercado

Ao mesmo tempo que deixou de pressionar os supermercadistas nas negociações de compras de produtos para o ...

Veja mais
Pão de Açúcar reitera forte crescimento orgânico para o ano que vem

O presidente executivo do Grupo Pão de Açúcar, Enéas Pestana, reiterou que 2012 será ...

Veja mais