Com a crise na Europa, a operação brasileira da multinacional Fnac passou a receber maior atenção da matriz.
Enquanto nos outros países onde atua houve retração de 4% no terceiro trimestre, o Brasil registrou alta de 10%. Na França, a queda foi de 6%.
O faturamento local deve subir 30% em novembro.
Executivos estrangeiros têm sido trazidos para ocupar funções estratégicas e tocar um plano de expansão que deve testar novos mercados e modelos de lojas ainda não experimentados pela companhia.
"Temos um plano de expansão importante para o Brasil, que deve incluir novos Estados", diz o francês Jacques Brault, diretor da empresa no país, que até o ano passado ocupava o cargo na Grécia.
"Sentimos a diferença econômica. A diretora de marketing veio de Portugal."
Ainda mantido em sigilo, o plano de expansão deve abranger lojas menores, de cerca de mil metros quadrados, muito diferentes do modelo padrão, de 3.000 m², que a empresa tem atualmente.
O foco do novo tamanho é provavelmente o Rio, em bairros como Leblon e Ipanema.
"Podem ser menores, com uma seleção de produtos, mas por que não maiores também? Depende das oportunidades e mercados de cada cidade. Na França temos uma de 8.000 metros quadrados", afirma.
A companhia tem hoje 15 mil funcionários e 152 lojas, dez delas no Brasil. O faturamento registrado no ano passado foi de € 4,47 bilhões.
Veículo: Folha de S.Paulo