Em 2010, o país atingiu a marca de 22,9 milhões de hectares plantados com soja, milho e algodão.
A Argentina é um dos países líderes na utilização de organismos geneticamente modificados (GM) desde a adoção da soja tolerante ao glifosato em 1996. Em 2010, o país atingiu a marca de 22,9 milhões de hectares plantados com soja, milho e algodão GM, ocupando, assim, o terceiro lugar no ranking dos transgênicos, atrás dos Estados Unidos e do Brasil.
De acordo com um recente estudo realizado pelo pesquisador da Fundação Forges e Grupo CEO, Eduardo Trigo, o benefício bruto gerado por esse processo de adoção para o período 1996-2010 atinge US$ 72,64 milhões.
No caso da soja tolerante ao glifosato, os benefícios somam US$ 65,435 milhões, sendo que, destes, US$ 3,518 milhões atribuíveis à redução nos custos de produção, principalmente devido à redução do plantio indireto e aplicações de herbicidas seletivos exigido pelas por variedades convencionais. Vale lembrar que, na Argentina, praticamente toda a área plantada de soja é transgênica.
Desse total de benefícios, 72,4% foram recebidos pelos próprios agricultores, 21,2% pelo governo - recolhidos por meio de impostos de exportação e outros tributos - e 6,4% para os fornecedores de tecnologia (sementes e herbicidas).
Já no caso do milho - variedades resistentes a insetos e tolerantes a herbicida -, a geração de benefícios foi de US$ 5,375 milhões, assim distribuídos: 68,2% para os produtores, 11,4% para governo e 20,4% para fornecedores de tecnologia. Hoje, a lavoura de milho GM no país responde por 86% da produção total da cultura.
Já os benefícios totais para o algodão GM - resistente a insetos e tolerante a herbicidas - atingiram US$ 1,834 milhões, sendo 96% para os agricultores e 4% destinados aos fornecedores de tecnologia (sementes e herbicidas).
O pesquisador também avaliou o impacto que as tecnologias GM tiveram na geração de empregos. Ao longo de 15 anos, a criação de mais de 1,8 milhão de postos de trabalho pode ser atribuída ao uso de tecnologias GM na agricultura argentina.
O levantamento aponta ainda alguns dados ambientais relacionados às culturas GM, com ênfase na sinergia especial entre a expansão dessas culturas e nas práticas de plantio direto e de seu impacto positivo na estrutura do solo e o uso eficiente da energia.
Veículo: Diário do Comércio - MG