Consumidor prefere pagar à vista

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Os consumidores aproveitaram o fim de semana para fazer pesquisa de preços no varejo e avaliar o impacto da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), anunciada na semana passada, nos produtos beneficiados. Mas a disposição é pagar à vista, dependendo dos descontos oferecidos pelo varejo, e evitar o crediário e o parcelado. O casal Márcia Lúcia Silva de Barros, 41 anos, e Gerson Fábio de Barros, 41, decidiu trocar a geladeira, mas antes de fechar o negócio está fazendo pesquisas em várias lojas. "Ouvi dizer que os preços iriam ficar mais baixos", disse Márcia. Os dois, com renda familiar em torno de R$ 5 mil, pretendem pagar à vista. A psicóloga Rita Linkeis, 51, e seu marido, o funcionário público Eduardo Linkeis, 53, também vão pagar à vista. "Vamos bater o martelo na loja que der o maior desconto e oferecer o melhor prazo de entrega", disse a psicóloga.

O varejo quer que a redução no IPI tenha um efeito cascata no setor e eleve as vendas também de outros produtos, que não foram incluídos no benefício fiscal. Em um ano com desaceleração na demanda e encalhe de alguns produtos, o comércio quer "provocar" novas vendas ao pegar carona no IPI.
 
Você sabe o que é IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados]?" A maioria das pessoas entrevistadas pelo Valor tinha uma vaga ideia sobre o significado do imposto, mas boa parte delas já sabia do impacto prático nos preços e das ações do varejo em relação aos produtos de linha branca.

O casal Márcia Lúcia Silva de Barros, 41 anos, e Gerson Fábio de Barros, 41, passou o fim de semana pesquisando os preços de geladeiras. Eles já tinham ouvido falar sobre o IPI, mas não sabiam exatamente o seu significado. "Ouvi dizer que os preços iriam ficar mais baixos", disse Márcia. Os dois, com renda familiar em torno de R$ 5 mil, pretendem comprar uma geladeira maior à vista. Ela trabalha como copeira e seu marido é dono de um depósito de ferro-velho. Os dois iriam fechar na loja que oferecesse o melhor preço.

A psicóloga Rita Linkeis, 51, e seu marido, o funcionário público Eduardo Linkeis, 53, também disseram que iriam pagar à vista. Os dois fizeram pesquisa de preços em várias lojas e estavam bem informados sobre a redução do imposto. Com a casa recém-reformada, o casal afirmou que o fator IPI ajuda, não mas é decisivo no ato do fechamento da compra. "Vamos bater o martelo na loja que der o maior desconto e oferecer o melhor prazo de entrega", disse a psicóloga.

O Valor visitou ontem lojas de cinco grandes redes. O movimento era grande, mas boa parte dos consumidores ainda estava fazendo pesquisa de preços, antes de fechar o negócio. Em uma pesquisa informal, a maioria optou pelo pagamento à vista.

Os vendedores consultados pela reportagem informaram que o mês de dezembro não é tradicionalmente o melhor para se vender produtos de linha branca. "A maioria compra TVs e notebooks. Eles esperam um saldão das lojas para o início do ano para comprar linha branca", disse uma funcionária de uma grande rede de varejo.

A procura começou a se intensificar no sábado, mas o movimento maior foi observado ontem, segundo os vendedores consultados pelo Valor.


Veículo: Valor Econômico




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