Yogoberry chega ao Irã e avalia EUA e Europa

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Sorvetes de iogurte produzidos no Brasil chegaram ao Oriente Médio. A Yogoberry fechou contrato com um empresário iraniano que será principal franqueado na região. A primeira loja foi aberta em julho em Teerã, no Enghelab Sport Complex, local onde acontecem os eventos esportivos mais importantes da cidade.

Marcelo Bae, diretor administrativo da Yogoberry, diz que o empresário iraniano Klan Kaleghian veio passar férias em 2010 no Rio, onde conheceu a marca. Trabalhando no mercado financeiro em Londres, Kaleghian queria voltar ao seu país e iniciar um negócio por lá. Foram 12 meses de negociação até o contrato ser fechado.

A loja, aberta em julho, já vende o mesmo que as maiores da rede no Brasil, cerca de R$ 70 mil por mês. O resultado empolgou o empresário iraniano que já planeja abrir mais três filiais, mais uma no Irã e outras duas na região, uma delas provavelmente em Dubai.

Com o resultado das vendas, o grupo agora pensa em expandir para outros continentes. "Temos propostas dos Estados Unidos, da Europa e da América do Sul", revela Bae. "Mas temos que estudar as parcerias e ver se estes mercados são mesmos interessantes para nossa marca". Os contratos são como os da maior parte das franquias: a Yogoberry autoriza o uso da marca e recebe royalties (um percentual dos resultados).

No Brasil, a rede de lojas, segundo Marcelo Bae, sofreu com as baixas temperaturas da primavera. "Fechamos cinco lojas", conta. Haviam sido abertas 25 neste ano. A rede termina o ano com um faturamento de R$ 80 milhões, um crescimento de 30% em relação a 2010. O diretor observa que há ainda muita demanda por franquias. De 2010 para 2011, o grupo cresceu de 87 lojas para 107.

A maior parte das lojas está em grandes cidades como Porto Alegre, Curitiba ou Florianópolis. Ao contrário de grandes redes de lanchonetes, como McDonald's e Bob's, que já procuram espaços em cidades médias e até pequenas com potencial de crescimento para se expandir, a Yogoberry ainda está se estabelecendo nos grandes centros.

"Nossa procura é ainda por locais com forte demanda, que garanta a sustentabilidade do negócio", diz Bae, acrescentando que por se tratar de um produto com apelo de saúde, é preciso também estudar locais onde haja esta demanda. "Não podemos entrar numa cidade pequena, virar modismo e depois o povo enjoar".

Hoje, o grupo tem 40 lojas no Rio e outras 40 em São Paulo. O restante está espalhado por 14 Estados do país. Atualmente, o grupo só tem uma loja própria, no Barrashopping, no Rio. "Nossos planos iniciais previam a expansão das lojas próprias, mas a demanda foi tanta, que gastávamos mais tempo atendendo as franquias do que cuidando das nossas lojas. Por isso, agora só mantemos uma", diz Bae.


Veículo: Valor Econômico


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