Trecho em Minas ficou 3 dias fechado.
As fortes e incessantes chuvas que continuam castigando o Estado durante esta semana geraram prejuízos ainda não contabilizados para a MRS Logística no Estado. De acordo com a empresa, 80 trens que circulam pela ferrovia que liga Jeceaba (Campos das Vertentes) a Belo Horizonte ficaram sem operar de segunda-feira até a metade do expediente da última quinta-feira.
Cada composição carrega, em média, 13 mil toneladas de minério diariamente, o que significa que a companhia deixou de transportar mais de um milhão de toneladas por dia e cerca de 3,5 milhões de toneladas do insumo durante o período de paralisação, que totalizou três dias e meio.
Apesar de já ter voltado a operar, a empresa ainda não atingiu a plena capacidade de fluxo no trecho. Segundo informou a assessoria de imprensa, até agora 80% das atividades foram retomadas. Além disso, a MRS está realizando intervenções na linha férrea para consertar os estragos causados pelos temporais e aprimorar a infraestrutura para que a malha possa resistir a todo o período chuvoso.
A empresa informou também que, por conta das enchentes e alagamentos que assolaram os municípios da região, estão sendo alocados recursos para a disponibilização de caminhões-pipa e doações de cestas básicas e kits de higiene e limpeza para a população das cidades de Brumadinho e Belo Vale.
Conforme a empresa já havia informado, será implantado um plano emergencial para evitar prejuízos aos clientes para os quais são transportadas cargas em Minas Gerais. Entre os setores de mineração e siderurgia estão a Vale S/A, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a Usiminas, a ArcelorMittal, a MMX, a Gerdau, a Vallourec & Mannesmann, a Votorantim Metais e a VSB.
Problemas - A companhia também está enfrentando problemas com relação ao mau tempo no Estado de São Paulo. Os trens da empresa voltaram a operar depois de 12 dias de interdição imposta pela Defesa Civil da prefeitura paulista em função do risco de desabamento de um edifício próximo à linha, que é propriedade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
A paralisação afetou o transporte de diversas cargas, entre elas o minério de bauxita enviado à fábrica de alumínio da Votorantim Metais, em Sorocaba (SP); aço da CSN, transportado para o Sul do Brasil; além de outros materiais como areia e enxofre.
Em razão do bom desempenho observado no ano passado, a MRS tem chamado a atenção de consultorias internacionais. No início de dezembro, a agência Standard & Poor´s elevou a classificação da empresa de B para BB em escala global e de brA para brAA em escala nacional. A melhora no rating foi atribuída aos níveis de fluxo de caixa, rentabilidade, modelos de tarifa e termos contratuais favoráveis com seus clientes cativos e acionistas, mesmo em um período adverso.
A elevação ocorreu depois da divulgação do balanço do terceiro trimestre de 2011, que apontou o maior volume de carga transportado na história da empresa. Neste período, a MRS transportou R$ 41,3 bilhões de toneladas ao mês, atingindo um crescimento de 8% em relação ao mesmo intervalo de 2010. O volume permitiu que a empresa alcançasse seu maior lucro líqüido acumulado em nove meses, com R$ 401 milhões. Já o faturamento atingiu R$ 2,1 bilhões, uma expansão de 29,6%.
Veículo: Diário do Comércio - MG