Moradores da região estão se tornando alvo de ladrões nos estacionamentos de lojas. Roubos são frequentes
Como se não bastasse o clima de insegurança nas ruas do Morumbi, na Zona Oeste, que tem tirado o sono de muitos moradores, a população está sendo obrigada a conviver também com roubos, furtos e até sequestros-relâmpagos em estacionamentos de hipermercados. Essa nova onda de violência, que se espalha por outros bairros paulistanos e já chega aos shoppings, deixa todos ainda mais assustados. Ela tornou-se um dos assuntos mais comentados em uma rede social pelo grupo Moradores do Morumbi, formado por cerca de cinco mil internautas que discutem a criminalidade da região em tempo real.
“Eu tenho percebido que sempre quando aumentam os roubos nas ruas os crimes também acontecem dentro dos mercados”, lamenta Celso Neves Cavallini, presidente do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) Portal do Morumbi.
PRESSÃO/ Em busca de solução, moradores estão se organizando em comissões de três ou quatro pessoas para vistoriar os mercados da região. “A ideia é levantar pontos de vulnerabilidade, como ausência de câmeras, segurança, porteiro, falta de luminosidade e repassar ao grupo. Uma cópia será encaminhada ao gerente da loja, com pedido de providências. Se nada for feito para reverter o quadro, as cerca de cinco mil famílias do grupo virtual estão dispostas a deixar de comprar no estabelecimento e passar a frequentar outro que ofereça mais segurança”, diz um internauta.
Segundo Cavallini, os crimes que mais ocorrem são furtos em interior de veículo, principalmente estepe, sequestro-relâmpago para saques em caixas eletrônicos e roubos na cancela de saída do carro. Na maioria das vezes, os crimes acontecem à noite.
O Extra Morumbi era uma das maiores preocupações dos moradores por sua facilidade de acesso. A rede percebeu a vulnerabilidade e reforçou a segurança. Em nota, diz que todas as suas lojas contam com medidas para coibir crimes, que incluem monitoramento por câmeras, controle das entradas e saídas do estacionamento, além da contratação de equipes terceirizadas e treinadas para acionar a polícia em qualquer situação.
O Carrefour, onde moradores também tiveram problemas, diz contar com circuito interno de monitoramento, alarmes, vigilantes nas lojas e no estacionamento e controle de acesso. Outras redes de mercados da região não responderam.
Veículo: Diário de S.Paulo