Unilever sente impacto de cenário emergente

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A Unilever, fabricante dos sabonetes Dove e do sorvete Magnum, anunciou lucro antes dos impostos de € 6,25 bilhões em 2011 e informou que vem enfrentando um cenário mais complicado para seus negócios na Rússia e no Brasil.

O crescimento das vendas, excluindo variações cambiais e itens extraordinários, nos países emergentes caiu de 13% no terceiro trimestre para 12,3% no quarto, nas comparações com os mesmos períodos de 2010, de forma que o aumento anual em 2011 foi de 11,5%.

"Os mercados emergentes em particular viram uma moderação no crescimento [das vendas] em volumes, embora a partir de altos níveis, enquanto os mercados desenvolvidos continuaram estagnados de um modo geral", destacou a Unilever no balanço anual. Quando perguntado que países tiveram desaceleração no crescimento, o diretor de finanças da Unilever, Jean-Marc Huët, apontou a Rússia - um alvo de atenção particular da empresa - e o Brasil.

"O mercado em geral na Rússia [...] está vagaroso. Não voltou aos tempos pré-crise, enquanto muitos outros mercados emergentes voltaram", afirmou. O executivo ressaltou que o problema no Brasil foi a desaceleração geral na expansão da economia, mas disse estar satisfeito com o desempenho da Unilever no país.

A Unilever contabilizou receita de € 46,47 bilhões em vendas em 2011, 5% a mais do que em 2010. Excluindo o impacto cambial e aquisições ou vendas de operações, o aumento foi de 6,5%, com a estagnação na Europa Ocidental contrabalançando em parte a alta nos países emergentes.

No quarto trimestre, o aumento da receita, sem levar em conta o câmbio e aquisições, foi de 6,6%, em sua maior parte decorrente de elevações nos preços e não do crescimento nas vendas em volumes.

O desempenho das unidades de produtos para a casa e cuidados pessoais continuou a superar o das divisões de alimentos, de marcas como a margarina Flora, o chá Lipton e a sopa Knorr.

O lucro operacional em 2011 subiu 1%, para € 6,43 bilhões, enquanto o lucro antes dos impostos somou € 6,25 bilhões, 2% a mais do que em 2010. O lucro por ação diluída manteve-se em € 1,46.


Veículo: Valor Econômico


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