O Índice de Preços no Varejo (IPV), medido pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP) registrou um pequeno aumento de 0,39% no mês de outubro, porém maior do que o apontado no mês anterior. Em setembro, a alta foi de 0,19%. Já se compararmos com o mesmo mês do ano passado, o crescimento foi de 6,05%, enquanto no acumulado do ano, o IPV acumula 4,47% de elevação.
De acordo com a entidade, que analisa 21 segmentos, os setores de Materiais de Construção, Vestuário, Tecidos e Calçados, Combustíveis e Lubrificantes, Açougues e Drogarias e Perfumarias tiveram altas de preços, colaborando para o resultado em outubro. Já os Supermercados e Veículos "favoreceram a manutenção do IPV em patamares comedidos".
Cinco segmentos registraram quedas, entre eles, Supermercados (0,03%), Floriculturas (1,94%), Padarias (0,01%), Veículos (0,10%) e Livrarias (0,24%). O IPV coleta dados junto a cerca de 2 mil estabelecimentos comerciais no Município de São Paulo, contemplando 21 segmentos varejistas e 450 subitens pesquisados. A pesquisa conta com uma amostra mensal de aproximadamente 105 mil tomadas de preços.
O setor de Materiais de Construção, por exemplo, já vinha registrando altas, esta é a décima sexta consecutiva e fechou o mês com 4,83% de alta, a maior alta verificada ao longo de toda a série histórica, iniciada em dezembro de 2004. O grupo é responsável pela maior variação acumulada no ano de 2008 dentre os 21 grupos que compõem o IPV: 19,61%. Para a Fecomércio, "o resultado se deve ao aquecimento do setor imobiliário, que fez com que a indústria nacional não conseguisse atender à demanda, e com isso parte dos produtos precisou ser importada". Outro impacto sentido, também em outras áreas, foi o das oscilações cambiais, afetando os preços dos importados e em alguns outros insumos, tais como plásticos e produtos químicos, dentre outros.
No setor de Vestuário, os principais responsáveis pela elevação de 0,55% são as trocas de coleções outono-inverno pelas de primavera-verão e o aquecimento de vendas do setor. No ano a atividade acumula alta de 2,61%. Enquanto isso, o segmento de Combustíveis e Lubrificantes apontou a quarta alta de seus preços, com variação de 0,57%, em outubro. O segmento acumula alta de 0,82% no ano.
Veículo: DCI