O aumento do consumo de chocolates no Brasil praticamente dobrou nos últimos dois anos, acompanhando o incremento da renda de mais da metade da população ascendente às classes B e C, além da participação das mulheres no mercado de trabalho. O setor, inclusive, espera um ano farto e incremento acima de 5% na produção de Páscoa, após ter registrado 390 mil toneladas em todo o ano passado.
No ramo de lojas especializadas na área, a polarização da disputa fica com as novidades das redes Chocolates Brasil Cacau, braço do grupo CRM - dono também da Kopenhagen -, com enfoque na reformulação do ponto de venda, "para criar um conceito mais jovem", diz Renata Vichi, vice-presidente do grupo CRM. Já a Cacau Show, com 1.125 unidades, segue mais a questão dos produtos e deve estruturar nova área: produção de cacau no Espírito Santo, após adquirir três fazendas na região de Linhares. A ideia seria atender em breve mais a demanda gourmet. A previsão é vender nas lojas cerca de R$ 400 milhões nesta Páscoa, e crescer 28,7% em relação a igual época de 2011. A grife de chocolates ainda está de olho em "inovação e qualidade", diz Raquel Massagardi, gerente de Produto da empresa.
Para marcas de peso, como Kraft, Nestlé, Garoto, Pandurata e Arcor, as vendas nesta Páscoa devem crescer de 5% a 20%, o que indica um período fértil apesar da alta carga tributária no segmento, de mais de 30% do valor do produto. "O chocolate é uma categoria 'aspiracional'", lembra o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates (Abicab) Getúlio Ursulino Netto.
Veículo: DCI